Brasil

Collor ainda não quitou carro apreendido pela PF, diz dono

Dos três carros de luxo apreendidos na Casa da Dinda na última terça-feira, o senador Fernando Collor de Mello ainda não terminou de pagar um deles.


	Lamborguini Aventador LP 700-4 do senador Fernando Collor apreendida na terça
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Lamborguini Aventador LP 700-4 do senador Fernando Collor apreendida na terça (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de julho de 2015 às 17h24.

São Paulo – Dos três carros de luxo apreendidos na Casa da Dinda na última terça-feira, o senador Fernando Collor de Mello ainda não terminou de pagar um deles. É o que afirmou o empresário alagoano Luiz Gustavo Malta Araújo em entrevista ao jornal O GLOBO.

Ele é o antigo dono do Porsche Panamera S apreendido durante a Operação Politeia, a primeira fase da Operação Lava Jato voltada para a investigação de políticos suspeitos de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.

Segundo o empresário, dos 550 mil reais negociados com a TV Gazeta, uma afiliada da TV Globo da qual Collor é sócio, para a venda do veículo, 300 mil reais ainda não foram quitados. 

O carro teria sido vendido em 2013 para Collor. De acordo com Araújo, o veículo seria pago com um apartamento avaliado em 150 mil reais e um lote em um condomínio. Até o momento, segundo o empresário, ele só recebeu o apartamento e 100 mil reais em dinheiro.

Logo depois de repassar o carro para a empresa de Collor, o empresário também vendeu o posto de gasolina que ainda aparece nos registros como proprietário do veículo.

Collor é um dos parlamentares que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras. Com base em depoimentos do doleiro Alberto Youssef, a suspeita é de que o hoje senador pelo PTB tenha recebido cerca de 23 milhões de reais por contratos da BR Distribuidora, segundo a revista VEJA.

Na terça, a Polícia Federal apreendeu uma Ferrari 458 Itália, um Lamborguini Aventador LP 700-4 e o Porsche Panamera S que estão avaliados em mais de 6 milhões de reais. Somadas, as dívidas de IPVA dos três carros chegam a 343 mil reais, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Além destes três veículos, Collor declarou à Justiça Federal uma frota composta por outros 14 carros de luxo que, segundo os cálculos do ex-senador, somam quase 3 milhões de reais.

Mas, segundo a coluna do Lauro Jardim desta semana, o estacionamento do ex-presidente tem outros exemplares no nome de sua empresa, como um exclusivo Rolls-Royce modelo Phanton com uma dívida de 33 mil reais em IPVA. 

Acompanhe tudo sobre:Fernando Collor de MelloOperação Lava JatoPolítica no BrasilPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho