São Paulo – Dos três carros de luxo apreendidos na Casa da Dinda na última terça-feira, o senador Fernando Collor de Mello ainda não terminou de pagar um deles. É o que afirmou o empresário alagoano Luiz Gustavo Malta Araújo em entrevista ao jornal O GLOBO.
Ele é o antigo dono do Porsche Panamera S apreendido durante a Operação Politeia, a primeira fase da Operação Lava Jato voltada para a investigação de políticos suspeitos de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.
Segundo o empresário, dos 550 mil reais negociados com a TV Gazeta, uma afiliada da TV Globo da qual Collor é sócio, para a venda do veículo, 300 mil reais ainda não foram quitados.
O carro teria sido vendido em 2013 para Collor. De acordo com Araújo, o veículo seria pago com um apartamento avaliado em 150 mil reais e um lote em um condomínio. Até o momento, segundo o empresário, ele só recebeu o apartamento e 100 mil reais em dinheiro.
Logo depois de repassar o carro para a empresa de Collor, o empresário também vendeu o posto de gasolina que ainda aparece nos registros como proprietário do veículo.
Collor é um dos parlamentares que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras. Com base em depoimentos do doleiro Alberto Youssef, a suspeita é de que o hoje senador pelo PTB tenha recebido cerca de 23 milhões de reais por contratos da BR Distribuidora, segundo a revista VEJA.
Na terça, a Polícia Federal apreendeu uma Ferrari 458 Itália, um Lamborguini Aventador LP 700-4 e o Porsche Panamera S que estão avaliados em mais de 6 milhões de reais. Somadas, as dívidas de IPVA dos três carros chegam a 343 mil reais, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.
Além destes três veículos, Collor declarou à Justiça Federal uma frota composta por outros 14 carros de luxo que, segundo os cálculos do ex-senador, somam quase 3 milhões de reais.
Mas, segundo a coluna do Lauro Jardim desta semana, o estacionamento do ex-presidente tem outros exemplares no nome de sua empresa, como um exclusivo Rolls-Royce modelo Phanton com uma dívida de 33 mil reais em IPVA.
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1. Bem melhor que o Fiat Elba ...
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1/14 (Orlando Brito/Arquivo/VEJA)
São Paulo – Os carrões apreendidos pela
Polícia Federal na Casa da Dinda na última terça-feira não são os únicos exemplares da luxuosa frota do ex-presidente
Fernando Collor de Mello. Nas
eleições do ano passado, o hoje senador pelo PTB declarou ser dono de 14 veículos que, juntos, custam quase 3 milhões de reais – pelo menos segundo os valores apresentados por ele ao Tribunal Superior Eleitoral. Os três carros apreendidos na terça, contudo, não estão registrados no nome de Collor e, portanto, não foram declarados à Justiça Eleitoral. Segundo informações do jornal
O Estado de S. Paulo, a Ferrari 458 Itália e o Lamborguini Aventador LP 700-4 foram financiados no Banco Bradesco pela Água Branca Participações, cujos únicos sócios são Collor e sua mulher, Caroline Serejo Medeiros. Já o Porsche Panamera S está registrado no nome da Jatobá Comércio de Combustíveis.
Somadas, as dívidas de IPVA dos três carros chegam a 343 mil reais, de acordo com a publicação. O caso lembra o escândalo do Fiat Elba, que, em 1992, foi um dos pivôs das suspeitas de irregularidades no governo Collor. Tal qual a reforma milionária dos jardins da Casa da Dinda, o veículo teria sido comprado com dinheiro oriundo de contas fantasmas. Estima-se que o carro que levou Collor ao
impeachment custaria hoje o equivalente a
45 mil reais. Juntos, os três modelos esportivos apreendidos na terça foram avaliados em cerca de 6,3 milhões de reais. Collor foi um dos alvos da
Operação Politeia, a primeira fase da Operação Lava Jato voltada para a investigação de políticos suspeitos de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras. Ele é um dos parlamentares que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (
STF). Com base em depoimentos do doleiro Alberto Youssef, a suspeita é de que o hoje senador pelo PTB tenha recebido cerca de 3 milhões de reais por um contrato da BR Distribuidora. Veja, a seguir, os outros carros que fazem parte da frota do senador. Os modelos e valores apresentados nesta matéria foram declarados por Collor à Justiça Federal e as imagens são de fotos de arquivo da EXAME.com - portanto, não são fotos dos veículos do senador. Nos casos em que o ex-presidente não explicitou detalhes do modelo, foram usadas imagens de carros semelhantes.
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2. BMW 760
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2/14 (EXAME)
Na foto: BMW 760 Li, modelo 2010
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3. Ferrari Scaglietti
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3/14 (Bill Pugliano/Getty Images)
Na foto: Ferrari 612 Scaglietti
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4. Mercedes E320
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4/14 (Quatro Rodas/Arquivo/1996)
Na foto: Mercedes E320 Avantgarde Plus
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5. Citroën C6
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5/14 (Divulgação)
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6. Kia Carnival EX 3.8
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6/14 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
* O senador declarou dois modelos de Kia Carnival EX 3.8
Na foto: Kia Carnival EX 3.8 V6, modelo 2008
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7. Toyota Land Cruiser
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7/14 (Quadro Rodas)
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8. Toyota Hylux*
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8/14 (Divulgação/Assessoria de imprensa da Toyota)
*O senador declarou duas Toyota Hylux no ano passado.
Na foto: Modelo Toyota Hylux SW4 2015
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9. Hyundai Veracruz
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9/14 (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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10. Land Rover
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10/14 (Divulgação R$ 251000)
Na foto: Land Rover Range Rover Sport
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11. Cadillac SRX
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11/14 (Wikimedia Commons)
Na foto: Cadillac SRX - modelo 2010
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12. Honda Accord
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12/14 (Divulgação)
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13. Gol Rallye
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13/14 (Divulgação/Volkswagen)
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14. Entenda os escândalos ligados à mansão de Collor no DF
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14/14 (REUTERS/Ueslei Marcelino)