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COI pede manutenção do atual ritmo de obras para os Jogos

Apesar dos elogios ao cronograma de obras, Bach afirmou que qualquer eventualidade pode comprometer a entrega das instalações esportivas

Mascotes das Olimpíadas de 2016 (Reuters)

Mascotes das Olimpíadas de 2016 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 18h50.

Rio de Janeiro - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, manifestou neste sábado sua satisfação com a preparação do Rio de Janeiro para organizar os Jogos Olímpicos de 2016, mas pediu às autoridades locais a manutenção da atual velocidade de trabalho para não haver atrasos.

'Vemos que estão se antecipando, mas ainda há muito por fazer. Não há tempo para perder', afirmou Bach em entrevista coletiva que marcou o encerramento da reunião de três dias que o Comitê Executivo do COI fez na cidade.

Apesar dos elogios ao cronograma de obras, Bach afirmou que qualquer eventualidade pode comprometer a entrega das instalações esportivas a tempo para os eventos-testes que têm que ser realizados antes dos Jogos Olímpicos.

'Disse ao prefeito do Rio de Janeiro que quando eu vier para a cerimônia de abertura dos Jogos, gostaria de ter a oportunidade de agradecer aos trabalhadores que vão acabar de construir os estádios. Ele apostou que tudo estará terminado antes. É uma aposta que estarei contente em perder', destacou.

Bach acrescentou que o mais importante é que o COI sairá do Rio de Janeiro consciente de que o evento deixará um grande legado para a cidade. E também condições para gerar um maior desenvolvimento econômico e social, assim como novos empregos.

'Os Jogos Olímpicos deixarão uma nova infraestrutura, que era muito necessária. Não houve grandes obras importantes nas últimas décadas e o evento ofereceu a oportunidade de realizar velhos sonhos dos cariocas', afirmou.

O dirigente citou como exemplos a nova linha do metrô, as vias expressas para os ônibus, a renovação da zona portuária e outras obras que melhorarão significativamente o transporte público.

'A cada dia um milhão de pessoas se beneficiará com esse sistema melhorado de transporte público. Atualmente 16 % da população do Rio usam o transporte público e, depois dos Jogos, 63 % terão acesso ao sistema. Isso é só um exemplo do grande legado que deixarão os Jogos', disse.

Bach afirmou que o aumento da capacidade hoteleira da cidade, que saltará de 18 mil para 36 mil quartos, reforçará a indústria do turismo em uma das cidades mais procuradas pelos estrangeiros.

'O Rio antes não tinha condições para acomodar um grande número de turistas. Agora poderá atrair mais visitantes e organizar vários congressos e eventos internacionais. E tudo isso gerará muitos empregos', afirmou.

O presidente do COI também citou como legado o tratamento de 80% do esgoto jogado na baía de Guanabara, palco das provas de velas dos Jogos Olímpicos de 2016.

Bach afirmou que as autoridades se comprometeram a cumprir a meta de 80% de descontaminação, apesar de o governo do Rio ter admitiu que talvez não a completou.

Afirmou igualmente que o Rio de Janeiro organizará os Olímpicos mais acessíveis em nível social, já que cerca de metade dos 7 milhões de ingressos serão vendidos por 30 dólares ou menos.

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