Nuzman: ele foi preso nesta quinta-feira como parte de investigação sobre suspeita de compra de votos em eleição olímpica (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de outubro de 2017 às 09h35.
Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 09h50.
Genebra - O Comitê Olímpico Internacional anunciou que considera medidas contra o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman.
Num comunicado emitido nesta quinta-feira em Lausanne, o COI indicou que sua Comissão de Ética já iniciou investigações sobre o brasileiro. Entre as possíveis sanções está sob consideração há a possibilidade de suspender o dirigente, o que minaria a sua capacidade de também de manter o seu cargo como presidente do COB.
Nuzman, chamado de "grande amigo" pelo presidente do COI, Thomas Bach, foi preso nesta quinta-feira, suspeito de fazer parte de um esquema de pagamento de propinas em troca de votos ao Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016.
"O COI toma nota da prisão de Carlos Nuzman, membro de honra do COI", disse a entidade. "O chefe de Ética e de Compliance do COI pediu às autoridades brasileiras por todas as informações para proceder com as investigações dentro do COI", indicou a instituição com sede na Suíça.
O COI, oferecendo "toda sua cooperação", informou que "começou investigações imediatamente depois que alegações foram feitas" sobre Nuzman. "As investigações estão em curso", explicou a entidade.
"Dados os novos fatos, a Comissão de Ética do COI pode considerar medidas provisórias, enquanto respeita o direito de Nuzman de ser ouvido", disse.
Reiterando a presunção de inocência do brasileiro, o COI indicou que não comentará mais sobre o assunto enquanto uma decisão não seja tomada pelo órgão em relação ao brasileiro, que também foi o presidente do Comitê Organizador Local da Olimpíada de 2016.