Nawal El Moutawakel, presidente da Comissão de Coordenação do COI do Rio-2016, convidou todos a um mergulho coletivo (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2015 às 20h39.
Rio de Janeiro - O Comitê Olímpico Internacional (COI) descartou hoje (12) a possibilidade de fazer testes para identificação de vírus nas águas dos locais de competição dos Jogos de 2016.
Em entrevista coletiva sobre os três dias de trabalho da comissão, o diretor executivo do COI, Christophe Dubi, disse que o teste de bactéria basta para avaliar a qualidade da balneabilidade da Lagoa Rodrigo de Freitas, de Copacabana e da Baía de Guanabara.
"O teste de bactéria é o mais apropriado e continuará a ser usado. A resposta dos testes, até o momento, é que a qualidade da água é segura para os atletas”, declarou o diretor do COI.
Sobre a promessa não cumprida pelo Brasil de despolluir 80% da Baía de Guanabara, Dubi disse que o mais importante, desde o início, era garantir níveis aceitáveis de balneabilidade das águas.
Questionado sobre se daria um mergulho na baía, como havia dito anteriormente à imprensa, ele apenas sorriu. Já a presidente da Comissão de Coordenação do COI para a Olimpíada de 2016, Nawal El Moutawakel, convidou todos os presentes a um mergulho coletivo.
Ela se disse muito satisfeita com o que viu nos três dias de inspeção.
“Estou muito orgulhosa e feliz por ver o alto nível das preparações dos eventos-testes. Os brasileiros devem estar orgulhosos pelos eventos-testes que ocorreram na semana passada. Não vi nenhum problema relevante. É fantástico ver as instalações do Parque Olímpico, seis anos depois, tornarem-se realidade”, declarou ela.
Se as obras não são mais uma preocupação importante para o COI, o mesmo não se pode dizer sobre o planejamento operacional. Sem entrar em detalhes, os dirigentes lembraram que serão mais de 20 eventos-testes previstos até o início das Olimpíadas e Paralimpíadas que vão necessitar de planejamento exaustivo e minucioso.
“Teremos cerca 150 mil credenciamentos, milhares de contratos, milhares de pessoas ainda a serem contratadas. Tudo isso requer muitos detalhes”, comentou Dubi.
Para Nawal, a crise econômica e política não traz ou trará nenhum prejuízo aos Jogos de 2016.
“O apoio da população aos Jogos apesar da crise política e econômica é um ponto importante para nós. Estamos cientes dos problemas pelos quais o país passa, mas temos tido apoio da população pelo país afora e isso é muito importante", disse ela.
Nawal ironizou a suspeita levantada por alguns meios de comunicação de que a poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas teria contaminado atletas estrangeiros nesta semana.
“O técnico, que sequer entrou na Lagoa, também passou mal e um dos atletas que entrou não ficou doente”, comentou ela.