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COI analisa urgências no Rio a 5 meses das Olimpíadas

Um assunto pendente, de final incerto e sobre o qual o COI receberá relatórios de última hora é a extensão do metrô de Rio até a Barra da Tijuca


	Parque Olímpico da Barra: o comitê e o COI devem fazer frente a problemas de difícil solução que vêm repercutindo no exterior
 (Autoridade Pública Olímpica/Flickr/Divulgação)

Parque Olímpico da Barra: o comitê e o COI devem fazer frente a problemas de difícil solução que vêm repercutindo no exterior (Autoridade Pública Olímpica/Flickr/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 10h02.

O Comitê Executivo do COI se reunirá de terça-feira a quinta-feira em Lausanne (Suíça) para analisar o grau de implantação das reformas aprovadas há 14 meses e examinar os relatórios de organização das próximas edições dos Jogos Olímpicos, com atenção especial aos deste ano, que acontecerão daqui a cinco meses no Rio de Janeiro.

Enquanto algumas das instalações esportivas estão sendo colocadas à prova com sucesso nos eventos-teste, o comitê organizador e o COI devem fazer frente a problemas de difícil solução que vêm repercutindo no exterior, como a contaminação Baía de Guanabara e proliferação do mosquito 'Aedes aegypti', transmissor do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya.

Um assunto pendente, de final incerto e sobre o qual o COI receberá relatórios de última hora é a extensão do metrô de Rio até a Barra da Tijuca, onde está a maioria das instalações.

Enquanto o governo do estado do Rio garantiu que as obras estarão prontas a tempo, o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, admitiu que há um "risco elevado" que não seja assim. Por via das dúvidas, segundo ele, a prefeitura conta com um plano de contingência que prevê o uso de corredores de ônibus.

A extensão do metrô à Barra tem um custo de R$ 10,3 bilhões. Para cobri-lo, o governo precisa de um empréstimo de R$ 1,3 bilhão, que ainda não foi liberado pelo BNDES.

O bom funcionamento do transporte é um elemento fundamental para o sucesso dos Jogos.

Alguns problemas ocorridos em Atlanta-1996 foram uma das causas do balanço organizativo deficiente daquela edição do evento.

O comitê organizador dos Jogos de 2020, em Tóquio, também apresentará ao COI suas últimas decisões.

O plano original passou por notáveis modificações, pensando na parte econômica, mas a um custo de uma maior distância entre as sedes.

Essa redução dos custos, junto com a transparência e a boa governança, é um dos objetivos da Agenda 2020, programa de reformas aprovado pelo organismo olímpico no final de 2014 e que agora tenta acelerar para, de quebra, dar exemplo às federações afetadas por irregularidades.

A Federação Russa de Atletismo, por exemplo, está suspensa de funções por sua tolerância com o doping.

Com isso, seus atletas não poderiam participar dos Jogos do Rio caso eles começassem hoje. Outro assunto que o Executivo precisa resolver antes de agosto.

A reunião, que acontecerá em um hotel em Lausanne por obras na sede do COI, terminará na quinta com uma coletiva do presidente da entidade, Thomas Bach.

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