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Cobertura do Engenhão poderia cair com ventos de 63 km/h

O responsável pela empresa de urbanização não descartou a possibilidade da apresentação de um 'plano de emergência' para poder reabrir o estádio o mais rápido possível

Estádio Olímpico João Havelange,: o engenheiro Marcos Vidigal, do consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht, explicou que os problemas com a cobertura foram detectados em 2007, quando foi retirada a ancoragem usada nas obras. (REUTERS/Ricardo Moraes)

Estádio Olímpico João Havelange,: o engenheiro Marcos Vidigal, do consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht, explicou que os problemas com a cobertura foram detectados em 2007, quando foi retirada a ancoragem usada nas obras. (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 14h47.

Rio de Janeiro - A cobertura do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, poderia ser derrubada com ventos de 63 km/h, informou nesta quarta-feira a prefeitura do Rio de Janeiro, um dia depois de anunciar a interdição do local, por tempo indeterminado.

A decisão foi tomada após a entrega de um relatório, elaborado pela empresa alemã Schlaich Bergermann und Partner (SBP). Segundo o presidente da RioUrbe, a empresa municipal de urbanização, Armando Queiroga, a previsão é que se leve de 30 a 45 para avaliar as condições da cobertura e se estabelecer uma solução para o problema.

Queiroga descartou, no entanto, que possam existir problemas similares em outras instalações esportivas da cidade, garantindo que este é um incidente "isolado". Segundo o presidente a RioUrbe, o problema teria acontecido porque os arcos instalados eram uma "estrutura única no mundo", na época de sua construção.

O responsável pela empresa de urbanização não descartou a possibilidade da apresentação de um "plano de emergência" para poder reabrir o estádio o mais rápido possível.

O engenheiro Marcos Vidigal, do consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras OAS e Odebrecht, explicou que os problemas com a cobertura foram detectados em 2007, quando foi retirada a ancoragem usada nas obras.

Segundo Vidigal, os dois arcos que formam a cobertura, das alas leste e oeste, se deslocaram 50% mais do que o previsto no projeto, mas 2007, a movimentação estava parada. O consórcio, então, já teria feito vários relatórios para verificar o estado da estrutura.


Um relatório elaborado em 2009 pela empresa de consultoria portuguesa Tal Projectos recomendou que o estádio fosse fechado em dias com ventos superiores a 115 km/h, segundo revelou hoje o engenheiro.

O novo relatório, encomendado em 2011 a SBP e apresentado ontem apontou pela primeira vez o risco da queda da cobertura com ventos mais moderados, o que levou o consórcio a solicitar a interdição de maneira "preventiva".

"Até este relatório não havia evidência de riscos", explicou Vidigal, que completou dizendo que recentemente foram registrados fortes ventos, sem ocorrência alguma. 

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