Nuzman: o ex-presidente do COB está sendo investigado pela operação Unfair Play (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de novembro de 2017 às 18h17.
São Paulo - Paulo Wanderley Teixeira promoveu seu primeiro corte desde que assumiu a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
O secretário-geral e diretor financeiro Sérgio Lobo foi demitido nesta quarta-feira dentro de um plano de contenção de despesas na entidade. Ele estava lá desde abril de 2002.
Estima-se que Lobo tinha um dos maiores salários do COB, entre os diretores executivos. O site do canal ESPN chegou a noticiar que o executivo recebia cerca de R$ 1.146.600 por ano, o que dá em torno de R$ 88,2 mil por mês, incluindo 13º salário.
Ele era muito próximo do antigo presidente, Carlos Arthur Nuzman, que está sendo investigado pela operação Unfair Play, um desdobramento da Lava Jato, e esteve preso preventivamente no mês passado.
Há cerca de três semanas, o COB já havia sofrido outra baixa. O general Augusto Heleno, que também era próximo de Nuzman, pediu demissão.
Ele dirigia o Instituto Olímpico e comandava o departamento de Comunicação e Educação Corporativa. Sua saída era esperada para o final deste ano, mas foi antecipada.
Desde que assumiu, Paulo Wanderley deixou bem claro que iria promover corte de gastos. Uma das iniciativas é mudar o COB de sede, levando o escritório para o Parque Aquático Maria Lenk.
"Isso faz parte do plano de austeridade. Essa mudança promoverá uma economia em torno de R$ 4,5 milhões por ano", explicou o presidente da entidade, em recente entrevista ao Estado.