Caminhoneiros: CNI sugeriu a necessidade de governo adotar subsídios ou outros mecanismos para lidar com a questão da renda da categoria (Leonardo Benassatto/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de junho de 2018 às 16h38.
Última atualização em 20 de junho de 2018 às 16h54.
Lu Aiko OttaBrasília - Após participar da audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) que discutiu a constitucionalidade do tabelamento do frete, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou que a categoria não concorda com uma tabela de referência de preço de frete, como propõem a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). "Nós reivindicamos o preço mínimo", afirmou.
Acima desse preço mínimo, afirmou, poderia ocorrer a livre pactuação, que é defendida pelas entidades empresariais.
O dirigente comentou que agora ficou claro para empresários, governo e opinião pública que há uma distorção muito grande na contratação de frete. Ele se refere à relação entre os caminhoneiros autônomos e transportadoras.
Esse problema foi ressaltado também pelo presidente da CNI, Robson Andrade, que sugeriu a necessidade de o governo adotar subsídios ou outros mecanismos para lidar com a questão da renda dos caminhoneiros. "99% da categoria presta serviços por meio de transportadoras", afirmou Diumar.
Ele disse ainda que apoia o marco regulatório do transporte de carga aprovado hoje na Câmara.