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CNI prepara proposta de política industrial para o governo

Entre as medidas pedidas pela entidade estã, a criação de uma linha do BNDES para aumentar o capital de giro das empresas e a desburocratização para o comércio exterior

Andrade, presidente da CNI, quer apresentar as propostas para o ministro Fernando Pimentel (Reginaldo Teixeira/Contigo)

Andrade, presidente da CNI, quer apresentar as propostas para o ministro Fernando Pimentel (Reginaldo Teixeira/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 16h40.

São Paulo – Representantes de 53 entidades ligadas à indústria participaram hoje (22) de uma reunião do Fórum Nacional da Indústria, na sede da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), na capital paulista, para conhecer as propostas de política industrial discutidas desde janeiro entre a CNI e profissionais das áreas técnicas de cada uma das entidades.

Durante a reunião, os representantes das associações sugeriram propostas para o texto que será entregue ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel no começo de abril. Entre as demandas estão a tributação, o financiamento, comércio exterior, a inovação, a infraestrutura, o meio ambiente, as relações de trabalho e a cadeia produtiva.

A CNI proporá que sejam criadas novas linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aumentar o capital de giro das empresas e ampliar os prazos de financiamento. “A ideia é recriar essas linhas de crédito porque o custo do capital de giro no mercado financeiro normal é muito elevado para as empresas industriais. De repente a empresa está pagando 40%, 50% de juros ao ano”, disse o presdiente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Além disso, a CNI pede a criação de fundos garantidores, já que mesmo com disponibilidade de recursos as empresas nem sempre têm garantias a dar para o banco. “Uma pequena empresa não tem como dar garantia para um financiamento maior, então não tem como tirar o financiamento”.

Para Andrade é preciso também desburocratizar o comércio exterior, simplificando a aduana e fazendo com que o serviço funcione 24 horas por dia. É necessário observar ainda a retenção de mercadorias muitas vezes sem justificativa.

O presidente da CNI ressaltou ainda que é preciso que os produtos importados tenham as mesmas exigências dos produtos nacionais do ponto de vista de qualidade, atendimento das normas técnicas, exigências das agências reguladoras, inspeção, qualificação. Também disse que a CNI vai propor que a terceirização de funcionários seja regulamentada, porque todas as áreas têm trabalhadores desse tipo e isso representa insegurança jurídica. A entidade deve pedir ainda que as licenças ambientais tenham liberação mais rápida.

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