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CNC prevê alta de 10,4% no varejo em 2010

Queda no endividamento das famílias, alta do crédito e valorização do real devem contribuir para resultado

O aumento das vendas em 2010 é quase o dobro do crescimento no ano passado (Arquivo)

O aumento das vendas em 2010 é quase o dobro do crescimento no ano passado (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 15h36.

Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta um aumento de 10,4% nas vendas do comércio varejista brasileiro no acumulado de 2010. No ano passado, o setor registrou crescimento de 5,9%. Os economistas da instituição apontam, no documento de divulgação da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) que a alta projetada para este ano refletirá "a evolução favorável das condicionantes de consumo".

A pesquisa divulgada hoje mostra uma elevação de 1,7% no ICF em outubro, para 137,5 pontos, o maior patamar do ano. Os economistas também destacam, no documento, que a pesquisa revela que o momento para aquisição de duráveis é favorável para 65,3% das famílias entrevistadas.

"Além dos aspectos favoráveis relativos às condições de renda e, especialmente, de crédito, a valorização do real em 2010 impõe uma dinâmica específica aos preços destes bens com desaceleração, ou mesmo quedas persistentes, após a retirada dos incentivos fiscais nos primeiros meses do ano", explicam.

Ainda de acordo com os economistas da CNC, a queda no nível de endividamento das famílias em outubro (58,6%) em relação a setembro (59,2%) responde a "injeção de mais recursos na economia, com a antecipação do 13º salário de várias classes, a retomada forte do consumo no terceiro trimestre e o aumento pontual do custo de vida das famílias com menor renda, devido principalmente à aceleração dos preços dos produtos alimentícios".

Entre os tipos de dívida das famílias endividadas em outubro, o cartão de crédito lidera com folga (71,1%), seguido dos carnês (23,4%), do crédito pessoal (11,2%), do financiamento de carro (9,0%), do cheque especial (7,1%), do cheque pré-datado (3,2%), do crédito consignado (3,3%) e do financiamento de casa (2,9%).

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