A colheita da safra 2010/2011 já começou no Mato Grosso (Divulgação/EXAME)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 12h51.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve crescer de 3,5% a 4% em 2011. A estimativa foi anunciada hoje pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Para 2010, a CNA estima crescimento do PIB do agronegócio em 7%, considerando que o resultado acumulado até outubro registra alta de 4,67%. Em 2009, o PIB do agronegócio teve queda de 5,51% em 2009, reflexo da crise econômica internacional.
Dados relativos a outubro de 2010 indicam que o crescimento do PIB do agronegócio foi de 0,79%. O cálculo é da CNA e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Os resultados efetivos da safra 2010/2011, cuja colheita já começou no Estado de Mato Grosso, serão decisivos para confirmar a previsão de crescimento do PIB do agronegócio este ano, destaca a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos. A confederação estima que a produção nacional será de 151 milhões de toneladas, volume superior ao colhido em 2010, de 149,25 milhões de toneladas.
Ainda existe, no entanto, incertezas quanto ao resultado final, devido ao componente climático. "O clima é, neste momento, a grande preocupação dos produtores rurais. Por enquanto, as chuvas estão concentradas em algumas regiões, mas a situação pode mudar até o final do período de colheita da safra de verão, no mês de maio", explica Rosemeire.
Segundo a CNA, a produção em alta e a recuperação dos preços melhoraram a rentabilidade dos diversos segmentos do agronegócio em 2010. A produção básica, dentro da propriedade rural, acumulou até outubro expansão de 4,22%. A indústria se manteve na dianteira e, até outubro, registrou crescimento de 6,55%. O segmento de insumos ainda registrou perdas no acumulado de 2010.
Segundo a superintendente técnica da CNA, os custos de produção caíram em 2010, ajudando o segmento básico. Na média, o custo caiu para R$ 950 por hectare em 2010, contra R$ 1.150,00 por hectare em 2009.