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Clima é de desânimo na equipe de campanha de Marina

Aliado de Marina Célio Turino, ligado aos projetos de cultura da Rede, admitiu que houve erros na campanha


	Marina Silva (PSB) e seu pai vota em Rio Branco, no Acre
 (Reuters)

Marina Silva (PSB) e seu pai vota em Rio Branco, no Acre (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 20h33.

São Paulo - O clima é de desânimo, frustração e inconformismo no espaço de eventos que foi alugado pela equipe de campanha de Marina Silva para acompanhar a apuração das eleições.

Há algumas dezenas de pessoas, a grande maioria ligada ao projeto de partido de Marina, o Rede Sustentabilidade.

Ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, o aliado de Marina Célio Turino, ligado aos projetos de cultura da Rede, admitiu que houve erros na campanha.

"Foi uma sequência de erros, o programa, a escolha de uma pauta econômica que não tem aderência com a Marina", comentou. "A Marina que disputou não foi a mesma Marina de 2010", disse abatido.

Com 93,54% dos votos apurados, Marina tem 21,14% dos votos válidos, ante 34,20% do segundo colocado Aécio Neves.

Marina chega assim a quase o mesmo desempenho que obteve em 2010, quando alcançou pouco mais de 19% dos votos válidos. Mas, se em 2010 o clima era de festa pelo alcance surpreendente, agora a imagem é de ressaca.

"Não acredito nesse povo. Votam no Collor, no Caiado e não votam na Marina", disse uma integrante da Rede em referência ao candidato ao Senado em Alagoas, o ex-presidente Fernando Collor (PTB), e ao candidato ao Senado em Goiás Ronaldo Caiado (DEM).

"Estou passada. A gente não ouvia ninguém falar de Aécio. O que é isso? Não sei o que aconteceu", disse outra pessoa do grupo.

Em breve entrevista à reportagem, a porta-voz da Rede em São Paulo, Hádia Feitosa, disse que o sentimento agora é de tristeza. Ela também admitiu que houve erros, mas lamentou que as "mentiras" tenham vencido.

"A gente tem muita esperança, a gente acredita num País diferente, melhor, em que a sociedade tome posse da política e o que a gente viu é que o dinheiro que manda", afirmou.

Ainda assim, Hádia manteve o tom positivo de que voltará, como já era previsto, o esforço de recolher assinaturas para formalizar a Rede. "A construção continua", concluiu.

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