Claudia denunciada

Claudia Cruz, a mulher do deputado Eduardo Cunha, tornou-se oficialmente ré na investigação da Lava-Jato. O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra ela por lavagem de dinheiro, por ocultar mais de 1 milhão de dólares no exterior e por usar o dinheiro ilegal recebido por Cunha para comprar bens de luxo no exterior. O deputado disse, em nota, que sua mulher tinha contas legais no exterior. Os procuradores seguem investigando a filha do deputado, Danielle Cunha.

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Ação entre amigos

O presidente interino Michel Temer negou que estaria trabalhando para salvar o mandato de Eduardo Cunha. Recentemente, surgiram boatos de que ele estaria com medo do estrago que o deputado poderia fazer caso decidisse colocar sua tropa para atrapalhar o governo na Câmara. Em reunião com deputados nesta quinta-feira, ele disse que “o governo não é ação entre amigos”. Nos últimos dias, os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Geddel Vieira Lima, de Governo, tiveram encontros com a cúpula do PRB. Uma das integrantes do partido, Tia Eron, tem o voto decisivo sobre o relatório que pode cassar o mandato de Cunha na Câmara.

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Sem votação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou mais uma vez a análise da consulta sobre os procedimentos referentes às cassações na Casa. Não houve quórum para a sessão. Na prática, a consulta, feita pelo presidente da Câmara, Waldir Maranhão, pode servir para salvar o mandato de Eduardo Cunha. Ela deve esclarecer os ritos da cassação, mas, dependendo da resposta, pode aliviar a pena dos deputados. A CCJ é dominada por aliados de Cunha.

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Renan quer explicações

O presidente do Senado, Renan Calheiros, cobrou um esclarecimento sobre as suspeitas contra ele na Lava-Jato. O senador disse ser o maior interessado em ter os fatos esclarecidos. Calheiros também negou que haja algum tipo de “acordão” para salvá-lo, assim como a Romero Jucá, os senadores envolvidos no pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República. No caso de parlamentares, mesmo que o STF decida pela prisão, as casas legislativas devem aprovar o pedido.

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A dívida continua

No começo da tarde desta quinta-feira, os estados rejeitaram a proposta do governo federal para renegociação das dívidas estaduais. Na reunião com os secretários estaduais da Fazenda, o secretário executivo do ministério, Tarcísio Godoy, apresentou uma sugestão de escalonamento das parcelas nos próximos 18 meses. Os estados queriam um período de carência de 24 meses. A proposta apresentada por Godoy teria um custo de 28 bilhões de reais para a União.