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Civis compraram tantas munições quanto forças de segurança em 2019

As compras de munições por atiradores civis subiram 17,2%, enquanto as feitas pelos órgãos de segurança pública caíram 14,8%

Armas: atiradores civis adquiriram cerca de 32 milhões de projéteis no ano passado (Niall Carson/Getty Images)

Armas: atiradores civis adquiriram cerca de 32 milhões de projéteis no ano passado (Niall Carson/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de fevereiro de 2020 às 11h07.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2020 às 11h14.

Brasília — Dados inéditos sobre venda de munições no país apontam que os atiradores civis compraram em 2019, pela primeira vez, a mesma quantidade que as forças de segurança pública: cerca de 32 milhões de projéteis.

A categoria foi destinatária de vários decretos do presidente Jair Bolsonaro com flexibilização de regras para adquirir armas e munições.

O volume comprado pelo grupo ainda superou em 143% o quantitativo de munições que o Exército informou ter adquirido (13,2 milhões) no ano passado. De 2018 para 2019, as compras diretas dos atiradores subiram 17,2%, enquanto o número de projéteis adquiridos pelos órgãos de segurança pública, incluindo as secretarias de gestão prisional, caiu 14,8%.

 

O levantamento, feito via Lei de Acesso à Informação pelo Instituto Sou da Paz e obtido pelo jornal O Globo, aponta que os clubes de tiro, federações e confederações também compraram mais no ano passado em relação ao anterior: o volume subiu 30%, de 2 milhões para 2,6 milhões de munições.

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