Brasil

Ciro Gomes nega chapa com Haddad: "É preciso respeitar o tempo do PT"

O ex-governador do Ceará confirmou, contudo, reuniões como a que teve na segunda com Bresser Pereira, Delfim Neto e Haddad

Ciro Gomes: "Não é possível falar numa chapa no momento em que nós estamos vivendo" (Sergio Moraes/Reuters)

Ciro Gomes: "Não é possível falar numa chapa no momento em que nós estamos vivendo" (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2018 às 20h41.

O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, negou nesta terça-feira, 24 que esteja tratando sobre a formação de uma chapa com o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT). Segundo o ex-ministro da Fazenda de Lula, é preciso respeitar o tempo do PT.

"Não é possível falar numa chapa no momento em que nós estamos vivendo", disse o pré-candidato, falando da situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. "Não pode se estar, do ponto de vista da relação com o PT, deixando de compreender ou querendo extrapolar ou pressionar. É preciso respeitar o tempo do PT", concluiu, antes de dar uma palestra na Uninove, em São Paulo.

O ex-governador do Ceará confirmou, contudo, reuniões como a que teve na segunda com Bresser Pereira, Delfim Neto e Haddad. Ciro disse ainda que direções partidárias e fundações dos dois partidos têm se encontrado "sistematicamente", mas comentou que "não há nenhuma novidade". Ciro brincou ainda que Haddad "deve ser o cara que mais sofre bullying hoje no País" e disse que é preciso parar com isso.

Questionado se agora que o ex-presidente liberou o PT para decidir sobre candidatura considera possível receber eventual apoio da sigla, Ciro disse que não. "É preciso dar o tempo que o Lula, que esse momento pede, e eu vou tocando minha bandinha, minhas ideias (...). Tenho que ter humildade pra dizer que eu não espero, não acredito que o PT me apoie porque acho natural (que a legenda tenha candidato próprio)", afirmou.

Cenário

O pré-candidato aparece na última pesquisa de intenção de voto atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), da ex-senadora Marina Silva (Rede) e do recém filiado ao PSB, Joaquim Barbosa. Ciro disse ver "com respeito" a candidatura do ex-ministro relator do mensalão no STF.

Questionado se tem mantido conversas com a legenda de Barbosa para uma eventual composição, Ciro disse que "nunca teve o privilégio" de conhecer o ex-ministro pessoalmente, mas que espera "em uma ocasião dessas cumprimentá-lo".

Acompanhe tudo sobre:Ciro GomesEleições 2018Fernando HaddadPDTPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas