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Para Ciro Gomes, Temer é o "capitão do golpe" contra Dilma

Contra Cunha: Ciro Gomes, Flávio Dino e Carlos Lupi criticaram o processo de impeachment aberto contra Dilma


	Contra Cunha: Ciro Gomes, Flávio Dino e Carlos Lupi criticaram o processo de impeachment aberto contra Dilma
 (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

Contra Cunha: Ciro Gomes, Flávio Dino e Carlos Lupi criticaram o processo de impeachment aberto contra Dilma (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 07h05.

O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, o governador do Maranhão, Flávio Dino, e o presidente do PDT, Carlos Lupi, uniram-se em torno da permanência de Dilma Rousseff na presidência da República.

Os três falaram à imprensa no final da manhã de hoje (6) em uma coletiva convocada na sede do governo do Maranhão para falar da “conjuntura nacional” e que tratou exclusivamente do processo de impeachment enfrentado por Dilma.

Dino, Gomes e Lupi posicionaram-se contrários ao impeachment da presidenta. Dino defendeu Dilma ao dizer que não há motivos para uma mudança precoce de presidente da República.

“A Constituição diz que para haver um impeachment não basta que não se goste do governo. É preciso que haja uma causa legítima. O chamado crime de responsabilidade está previsto no Artigo 85 da Constituição e as hipóteses ali existentes não estão presentes nesse momento”.

Dino pediu ainda serenidade àqueles que não gostam do governo de Dilma Rousseff

. “As críticas todas são legítimas, mas nenhum interesse político está acima da democracia. É preciso que haja serenidade neste momento. É legítimo não gostar [do governo], mas há um momento de manifestar que não gosta, que é na próxima eleição. No presidencialismo não existe impeachment por gosto”.

Lupi, por sua vez, disse não duvidar da seriedade da presidenta e acrescentou que não defende Dilma “por conveniência, e sim por convicção”.

O presidente do PDT reforçou isso ao dizer que o partido terá candidato próprio à presidência da República em 2018.

“Não é fingir que não estamos vivendo uma realidade muito grave. O país está mal, a economia está mal, tudo isso estamos vendo. Não é nenhuma conveniência eleitoral o apoio à presidente Dilma. Temos clareza que o PDT terá candidato próprio à presidência da República”.

Gomes, por sua vez, acusou o vice-presidente da República, Michel Temer, de ser “o capitão do golpe”. Ele ainda chamou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – responsável por aceitar o pedido de impeachment na Câmara –, de ser “parceiro íntimo” de Temer.

“Se a Dilma cair é o Michel Temer que assume. Perguntem qual é a opinião dele sobre seu parceiro íntimo ter conta na Suíça. O beneficiário dessa situação é o Michel Temer, o capitão do golpe”.

Não é a primeira vez que Gomes dá essa declaração. Ele já havia falado a mesma coisa em um programa de televisão na sexta-feira (4), além de reproduzir a mesma frase em sua página em uma rede social.

De acordo com sua assessoria, o vice-presidente da República está em São Paulo com a família e não vai se manifestar sobre as declarações do ex-ministro. Já Dilma disse ontem (5), após evento no Recife, que espera “integral confiança” de Temer.

O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, foi aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na noite de quarta-feira (2).

A presidenta da República foi notificada oficialmente no dia seguinte. Amanhã (7) será instalada no Congresso Nacional a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ao todo, a comissão terá 65 membros.

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