Ciro Gomes: "Ele está mentindo para o povo que foi inocentado, ele não foi inocentado, ele se aproveitou das leis brasileiras, da força do dinheiro, da fragilidade dos nossos tribunais (EVARISTO SA / AFP/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de setembro de 2022 às 16h25.
Última atualização em 23 de setembro de 2022 às 16h30.
O candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes, criticou, nesta sexta-feira, 24, a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate com os candidatos ao Planalto que vai ocorrer neste sábado, 24, no SBT. Para o ex-ministro, existem três motivos para um candidato se ausentar do evento: "estar de salto alto", ou seja, achar que já ganhou, "não ter o que dizer" ou "ter muito que esconder".
Segundo o pedetista, Lula se encaixa em todos os quesitos. Reafirmando sua presença no debate, Ciro disse que fará suas críticas ao ex-presidente mesmo que ele não vá.
"Ele está mentindo para o povo que foi inocentado, ele não foi inocentado, ele se aproveitou das leis brasileiras, da força do dinheiro, da fragilidade dos nossos tribunais, e porque inteirou 75 anos conseguiu arquivamento do processo sem julgamento, e isso a gente diria na cara dele, mas vou dizer na ausência também", disse Ciro à imprensa antes realizar reunião com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
Ciro também voltou a criticar o petista ao afirmar que Lula está "rancoroso". O candidato comentava sobre a entrevista do adversário ao Programa do Ratinho, onde o petista, ao comentar sobre a promessa de perdão a dívidas de Ciro, afirmou que ele está "surtando". "É o Lulinha paz e amor, mas quando sai da bolha, revela o homem rancoroso em que ele se transformou. Tudo que o Lula deseja hoje é se vingar do povo brasileiro", criticou.
O pedetista também voltou a citar a existência de "um fascismo de direita e de esquerda" no Brasil, em crítica à investida petista pelo voto útil. "Se eu fosse irrelevante, café com leite a pancadaria não estaria desse jeito", ponderou. Há nove dias das eleições, Ciro afirmou que sabe que não é o candidato favorito da população, mas que mantém sua candidatura por ser necessária.
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