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Cigarros eletrônicos e alcoolismo na adolescência serão temas de audiências públicas no Senado

Os temas serão tratados pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e as datas das audiências ainda devem ser definidas

Cigarro eletrônico: datas de audiência ainda serão definidas (Nick Ansell/Getty Images)

Cigarro eletrônico: datas de audiência ainda serão definidas (Nick Ansell/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 1 de março de 2024 às 18h35.

Última atualização em 1 de março de 2024 às 18h36.

O Senado vai debater, em audiência pública, o uso de cigarros eletrônicos e o alcoolismo na adolescência no Brasil. Os temas serão tratados pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e as datas das audiências ainda devem ser definidas.

Dois projetos de lei que tratam sobre os cigarros eletrônicos estão em tramitação no Senado. A proposição do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) torna crime o ato de comercializar ou fornecer dispositivo eletrônico para fumar, como cigarro eletrônico ou equipamento similar, para menores de 18 anos.

O projeto inclui no Estatuto da Criança e do Adolescente a previsão de pena de prisão de dois a seis anos, além do pagamento de 1,2 mil e 2 mil dias-multa, de R$ 56,8 mil a R$ 94 6 mil. A pena ainda pode aumentar de um sexto a dois terços a depender das circunstâncias, como o caso do produto apreendido ser fruto de tráfico internacional de drogas. O projeto, agora, aguarda apresentação de emendas na Comissão de Direitos Humanos (CDH).

Em paralelo, um projeto que estabelece medidas que estabeleçam regras para a comercialização de cigarros eletrônicos no País também aguarda votação no Senado. A matéria, de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), cria regras para produção, comercialização, fiscalização e propaganda dos cigarros eletrônicos.

"A posição brasileira de simplesmente proibir a comercialização, a importação e a propaganda é o mesmo que tapar o sol com a peneira. A utilização dos cigarros eletrônicos é crescente e seus usuários não recebem nenhum tipo de proteção ou orientação por parte do Estado", aponta senadora no texto do PL.

"Por esses motivos, faz-se necessário assegurar, de um lado, a segurança dos consumidores e, por outro, dar segurança jurídica aos fornecedores, além de garantir que os cigarros eletrônicos sejam devidamente tributados. E o mais importante: proteger as crianças e adolescentes de acesso a um produto que hoje indiscriminadamente estão acessando", detalha texto que aguarda na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A proposta de debater as temáticas na CAS é da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e de outros sete senadores. Para ela, a regulamentação dos cigarros eletrônicos ainda vai demorar, caso seja aprovada. "As famílias precisam de uma resposta agora", disse ao propor o debate com especialistas.

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