Brasil

CIDH condena segundo assassinato de jornalistas no Brasil

Relatoria denuncia que é dever do estado prevenir e investigar os fatos, punir seus autores e assegurar que as vítimas sejam compensadas

'A Relatoria solicita às autoridades a investigação pronta e diligente para esclarecer o motivo do crime, identificar e punir adequadamente os responsáveis', disse a CDHI (Stock.xchng)

'A Relatoria solicita às autoridades a investigação pronta e diligente para esclarecer o motivo do crime, identificar e punir adequadamente os responsáveis', disse a CDHI (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 18h59.

Washington - A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou nesta quarta-feira o assassinato do jornalista Paulo Roberto Cardoso, no último domingo na fronteira do Brasil com o Paraguai, o segundo de um repórter no país em uma semana.

'A Relatoria manifesta sua preocupação perante o segundo assassinato de um jornalista no Brasil em menos de uma semana e solicita às autoridades a investigação pronta e diligente para esclarecer o motivo do crime, identificar e punir adequadamente os responsáveis', acrescentou a CIDH.

Na noite do último domingo, dois homens em uma motocicleta dispararam contra o carro de Cardoso, que foi levado com vida ao hospital, onde morreu horas depois.

Com uma longa trajetória nos meios de comunicação, o jornalista era editor-chefe do 'Jornal da Praça' e fundador do site de notícias 'Mercosul News' e tinha uma posição crítica em relação às autoridades locais do município de Ponta Porã (MS), onde morava.

Cardoso foi o segundo jornalista assassinado em uma semana: Mário Randolfo Marques Lopes e sua companheira, Maria Aparecida Guimarães, foram baleados na quinta-feira anterior em uma rua de Barra do Piraí, no estado do Rio de Janeiro.


Lopes era editor do site 'Vassouras na Net', onde denunciava juízes, policiais e políticos e 'devido suas denúncias, já tinha sido vítima de um atentado em julho de 2011, em que quase perdeu a vida', segundo um comunicado da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

A CIDH lembra que sua Declaração de Princípios sobre a Liberdade de Expressão detalha que 'o assassinato, sequestro, intimidação e ameaça aos comunicadores sociais, assim como a destruição material dos meios de comunicação, viola os direitos fundamentais das pessoas e restringe severamente a liberdade de expressão'.

A Relatoria denuncia que é dever dos Estados prevenir e investigar estes fatos, punir seus autores e assegurar que as vítimas sejam compensadas.

A CIDH é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), que luta pela proteção e garantia dos Direitos Humanos no continente. 

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