São Paulo iguala recorde de calor e cidades passam dos 40 ºC (ROBERTO CASIMIRO/Estadão Conteúdo)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 7 de outubro de 2020 às 16h59.
Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 18h14.
O estado de São Paulo atingiu, nesta quarta-feira, 7, a maior temperatura já registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desde que as medições começaram, há mais de 100 anos. O recorde foi na cidade de Lins, no interior do estado, por volta das 16 horas, com a marca de 43,5°C. O recorde anterior foi registrado em 1933, no município de Iguape, quando a temperatura chegou a 43°C.
Na capital paulista, a temperatura nesta quarta-feira ficou em 37,3°C, valor medido no Mirante de Santana, zona norte da cidade. Na última sexta-feira, 2, a cidade de São Paulo registrou 37,4°C, maior temperatura do ano e a segunda marca da série histórica das medições feitas pelo Inmet desde 1943. O recorde de temperatura máxima na cidade ainda é do dia 17 de outubro de 2014, quando foi registrado 37,8 °C.
"O calor intenso é causado por um grande bloqueio atmosférico que vai fazer com que o estado fique em alerta pelo menos até o dia 10 de outubro. A gente teve uma estiagem, muita poeira e fuligem que fizeram a temperatura subir. Eu acredito que ainda esta semana a gente possa bater novos recordes", diz Mamedes Luiz Melo, Meteorologista do Inmet.
43,5°C de Lins em 07/10/2020
43,0°C de Iguape em 03/02/1933
42,8°C de Registro em 02/10/2020
42,4°C de Dracena em 06/10/2020
42,2°C de Catanduva em 05/10/2020
42,1°C de Iguape em 16/01/1956, Catanduva e Votuporanga em 03/10/2020
41,9°C de Lins em 30/09/2020 e 06/10/2020
O mês passado foi o setembro mais quente já registrado no mundo, anunciou nesta quarta-feira (7) o serviço sobre mudança climática do programa europeu Copernicus, que indicou que 2020 pode ser o ano mais quente da história, superando 2016.
O período de 12 meses entre outubro de 2019 e setembro de 2020 fica 1,28°C acima da média das temperaturas da era pré-industrial.
Levando em consideração que os últimos cinco anos foram os mais quentes da história, o dado aproxima o planeta do limite de 1,5°C, a meta do Acordo de Paris.
(Com AFP)