O novo ministro da Educação, Cid Gomes, recebe o cargo de seu antecessor, Henrique Paim (Elza Fiúza/Agência Brasi)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 13h41.
Brasília - Diante da queda no preço do petróleo, o novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), admitiu em entrevista a jornalistas que o cenário atual pode comprometer os futuros investimentos, mas assegurou que os atuais recursos já previstos com os royalties do pré-sal garantirão aportes adicionais à área.
"Os royalties não têm nada de incerteza. Os royalties são uma realidade já, uma realidade histórica no Brasil, que ajuda Estados e municípios", comentou Cid Gomes, ao ser questionado se poderia haver problema de financiamento na área de educação em virtude da queda no preço do petróleo.
"No que é de royalties do pré-sal - que também já é uma realidade, sua tendência é crescente - abre-se parêntese, vive-se uma crise de petróleo, o petróleo está muito baixo, isso certamente dificultará novos investimentos, mas o que já está feito de investimento do pré-sal tende a gerar royalties e isso serão novos recursos na educação", ressaltou.
Piso
Cid também confirmou que deverá anunciar o reajuste do piso dos professores na próxima semana, conforme havia antecipado em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antes de tomar posse.
"O piso é pago por Estados e municípios, não é uma discussão que entre no Orçamento da União, ele tem balizamento definido em lei. Quero conversar com representantes dos Estados e municípios e de professores para que a gente possa apresentar isso antes de colocar publicamente", adiantou.
"A remuneração é um dos principais caminhos para a valorização dos professores", prosseguiu Cid Gomes, destacando o investimento na formação do corpo docente e na própria avaliação dos professores para a melhoria do ensino.
Na época em que era governador do Ceará, Cid irritou a categoria de professores ao declarar que professores deveriam trabalhar por amor e não por dinheiro.
Reforma
O ministro reiterou que pretende dialogar com representantes de professores e Estados para tratar da reforma no ensino médio, uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff.
"Vou cumprir determinações da presidente Dilma, devo implantar compromissos que ela assumiu. Isso tem de ter uma série de deliberações, cada Estado deve ter uma deliberação, os municípios devem participar disso", observou.
Apoio Político
Questionado pelo Broadcast Político sobre a ausência das principais lideranças nacionais do Pros na cerimônia de transmissão de cargo no MEC, o novo ministro riu e disse que não ficou "chateado" com a situação.
"Estavam aí alguns deputados do Pros", disse. "Indicação de ministério é responsabilidade da presidente Dilma, não vou comentar."