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Chuvas no RS: Ministros voltam a Porto Alegre e governo faz reunião para atualizar ações de socorro

A prioridade, segundo Waldez, é o resgate a pessoas em locais de risco e assistência aos que estão em abrigos

 (Gustavo Ghisleni/AFP)

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Estadão Conteúdo
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Publicado em 4 de maio de 2024 às 13h30.

Última atualização em 4 de maio de 2024 às 13h31.

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Os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) voltaram no sábado, 4, a Porto Alegre, onde o governo montou um escritório de monitoramento para acompanhar a evolução das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e causam enchentes. Haverá também uma reunião virtual, às 14h, da Sala de Situação criada pelo Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir ações de socorro voltadas ao Estado.

Pimenta e Waldez confirmaram ao Broadcast Político que chegaram à capital gaúcha nesta manhã. "Vamos ficar direto aqui, nos juntando a todas as outras forças que já estavam em operação, principalmente para criar uma melhor sinergia entre governo federal, estadual e os municípios", disse o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional. A prioridade, segundo Waldez, é o resgate a pessoas em locais de risco e assistência aos que estão em abrigos.

"Já estamos nos organizando para toda a situação de restabelecimento, porque a gente precisa estar preparado para, a partir de segunda-feira, intensificar uma série de atividades, de saúde, de escolas, de energia, de conectividade, também de estradas, pontes, portos e aeroportos. Isso tem que ser concomitante. As águas baixando e a gente atuando", emendou o ministro.

A reunião virtual da Sala de Situação contará com representantes dos 17 Ministérios que fazem parte da força-tarefa do governo para socorrer os gaúchos. Se os próprios ministros não puderem participar, serão representados por secretários.

As chuvas torrenciais já deixaram 56 mortos no RS, de acordo com balanço divulgado na manhã deste sábado pela Defesa Civil. Além disso, há 67 desaparecidos. Dos 497 municípios gaúchos, 281 já foram afetados, no que é considerado o pior desastre climático do Estado. Na capital, o nível do Rio Guaíba bateu recorde. O Aeroporto Salgado Filho, localizado em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, suspendeu as atividades por tempo indeterminado, e há registros de blecautes e falta de água na cidade. A rodoviária e o centro histórico foram alagados.

Ontem, o governo federal anunciou o adiamento do primeiro Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que ficou conhecido como "Enem dos Concursos", devido às chuvas no RS. A decisão, contudo, marcou uma mudança de posição do Executivo. Na noite de quinta-feira, o Ministério da Gestão havia confirmado a realização do exame, mesmo com a situação de calamidade pública no Estado.

Também na quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Santa Maria (RS), acompanhado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e de ministros. O petista se reuniu com o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), e prometeu que não faltariam esforços nem recursos do governo federal para minimizar os impactos das chuvas em solo gaúcho.

Segundo o Palácio do Planalto, além de criar a Sala de Situação em Brasília e o escritório de monitoramento em Porto Alegre, o governo também reconheceu o estado de calamidade pública no RS, liberou o pagamento de R$ 580 milhões em emendas do Estado, destinou R$ 55 milhões para contenção de encostas, R$ 8,4 milhões para compra de 52 mil cestas básicas e enviou equipes de saúde, militares e agentes da Força Nacional para auxiliar as autoridades locais.

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