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Chuvas em São Paulo: supermercados não veem risco de desabastecimento

Ponto mais crítico no suprimento das lojas é de legumes e, especialmente, verduras, cujo reabastecimento é diário

Chuvas em São Paulo: de domingo para segunda, choveu mais de 100 milímetros na região metropolitana de São Paulo (Rahel Patrasso/Reuters)

Chuvas em São Paulo: de domingo para segunda, choveu mais de 100 milímetros na região metropolitana de São Paulo (Rahel Patrasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de fevereiro de 2020 às 07h25.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2020 às 07h26.

São Paulo — O forte temporal que atingiu a Grande São Paulo não deve provocar desabastecimento nos supermercados em um primeiro momento. Pelo menos essa é a previsão da Associação Paulista de Supermercados (Apas). "As faltas de produtos podem ser pontuais", diz Ronaldo dos Santos, presidente da Apas.

De domingo para segunda, choveu mais de 100 milímetros na região metropolitana de São Paulo, o que fez com que a cidade parasse e vias fossem interditadas devido a alagamentos.

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo informou que não haverá a feira de flores durante a madrugada e nem a feira de pescados, que normalmente começa às 2h. O expediente ao longo do dia deve ser retomado à medida que os funcionários conseguirem chegar à companhia.

Santos lembra que, no caso das frutas, existem estoques maiores, pois esse item é armazenado em câmaras frias. O ponto mais crítico no suprimento das lojas é para legumes e, especialmente, verduras, cujo reabastecimento é diário. Neste caso, poderá ocorrer perda de qualidade dos produtos e aumento de preços nos próximos dias, se as chuvas tiverem atingido também áreas de produção do cinturão verde de São Paulo.

Ceagesp fechada

O forte temporal também afetou a Ceagesp. O local ficou fechado por causa dos alagamentos nesta segunda-feira, 10, e de acordo com permissionários, o trabalho de limpeza ainda não começou. "Estamos esperando a água baixar para que possamos limpar o local e descartar tudo que foi perdido. Até para calcular os prejuízos, precisamos esperar que essa água baixe", diz Claudio Furquim, diretor-presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo.

Ele afirma que todos os setores foram atingidos e que os permissionários acompanham a previsão para os próximos dias. "Estamos vendo que vai continuar chovendo, talvez não com o volume e a intensidade dessa madrugada", diz. Furquim acredita que o trabalho de limpeza deve ocorrer ao longo desta terça-feira, 11, se a chuva diminuir.

Ele acredita que possa haver algum desabastecimento em feiras livres e pequenos mercados, nesse primeiro momento, mas que o problema deve ser pequeno dadas as dimensões das chuvas

A Ceagesp informou que não tem condições de avaliar os prejuízos causados pelas chuvas e que o balanço das perdas será feito assim que os funcionários puderem ter acesso ao entreposto.

Sabe-se que por dia são descarregados na Ceagesp de 10 mil a 11 mil toneladas de frutas, verduras e legumes. Mas estima-se que boa parte desses produtos nem tenham chegado ao entreposto. Normalmente, na segunda-feira, os estoques nos armazéns do entrepostos estão baixos por conta do volume pequeno de sobras do fim de semana.

A Ceagesp informa que não haverá nesta terça-feira, 11, a feira de flores , que começa à meia noite. Também a feira de pescados, que normalmente ocorre às 2h, está cancelada.

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