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Chuvas de outubro devem normalizar nascente do São Francisco

Segundo vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, seca é provisória e situação da nascente deve se normalizar com chegada das chuvas


	São Francisco: outras nascentes continuam abastecendo rio, diz diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra
 (Fabio Panico/Creative Commons)

São Francisco: outras nascentes continuam abastecendo rio, diz diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra (Fabio Panico/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 19h15.

Brasília - A nascente principal do Rio São Francisco, localizada na Serra da Canastra, em Minas Gerais, que secou, tende a se recuperar com as chuvas previstas para a segunda quinzena de outubro.

Segundo o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Wagner Costa, a seca é provisória e a situação da nascente deve se normalizar com a chegada das chuvas

Membros do comitê reuniram-se na tarde desta sexta-feira (26), em Belo Horizonte, para discutir o assunto.

Segundo Costa, a longa estiagem reduziu a vazão nos diversos rios que abastecem a calha São Francisco.

"Com a volta das chuvas esperamos que a nascente retorne. Ela é considerada a nascente principal, só que não influencia como um todo, apenas naquele primeiro trecho do rio. E ela não está, em princípio, seca permanentemente. Havendo a infiltração da água, o lençol freático será reabastecido”, explicou.

O diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra, Luiz Arthur Castanheira, segue o mesmo raciocínio.

“Com a seca, os pequenos córregos que formam a nascente, na região do parque, secaram. Agora é ficar de olho na previsão do tempo e esperar chover”, disse Castanheira.

Ele destacou que as outras nascentes continuam abastecendo o rio, que corre normalmente nos trechos mais abaixo da nascente principal.

Mesmo acreditando que a situação tende a se normalizar com a chegada das chuvas, o CBHSF alerta para o uso da água, principalmente em regiões dependentes do rio.

“Temos que fazer uma campanha pelo uso racional da água, é um assunto para agora. Em um primeiro momento, a vazão reduzida pode causar problemas com a biodiversidade. Com menos vazão, o rio reduz o ambiente para flora e fauna, e isso pode causar algum desequilíbrio biológico no futuro”, ressaltou Costa.

A reunião do comitê também concluiu que certas providências são necessárias para preservar as nascentes e os lençóis freáticos que abastecem o São Francisco.

O plantio de árvores às margens do rio e no alto dos morros e montanhas está entre as medidas recomendadas, assim como o uso adequado do solo, impedindo que a água da chuva escorra antes de ser absorvida pela terra.

Tais medidas ajudam a infiltração da água da chuva no solo, abastecendo os lençóis freáticos e, consequentemente, as nascentes.

“O trabalho de revitalização do rio tem que ser constante, contínuo daqui para a frente. É bom que haja um choque como este [nascente que secou] para que as pessoas tomem consciência e adotem uma atitude positiva de recuperação dos rios, usando a água com parcimônia”, afirmou Costa.

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