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Chuvas de fevereiro podem adiar rodízio em São Paulo

Segundo jornal Folha de S. Paulo, a Sabesp e o governo estadual contam com o ritmo atual de chuvas para livrar a capital de ter as torneiras secas


	Leito da Represa do Rio Jacareí, parte do Sistema Cantareira: Sabesp e overno estadual contam com o ritmo atual de chuvas para livrar a capital de ter as torneiras secas
 (Nelson Almeida/AFP)

Leito da Represa do Rio Jacareí, parte do Sistema Cantareira: Sabesp e overno estadual contam com o ritmo atual de chuvas para livrar a capital de ter as torneiras secas (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 15h00.

São Paulo - O indíce pluviométrico elevado dos últimos dez dias parece ter acalmado a situação para o governo de São Paulo. Desde o começo de fevereiro, as chuvas quase diárias elevaram o armazenamento de água do Sistema Cantareira e a 17 dias do final do mês, já choveu 70,7% do esperado. Nesta quarta-feira, o sistema opera com 6,4% de sua capacidade. 

No dia 27 de janeiro, quando um diretor da Sabesp falou pela primeira vez sobre como poderia ser o rodizio em São Paulo - 5 dias sem água por 2 dias com -, o sistema estava com 5,1% de sua capacidade. Hoje, 15 dias depois, o nível subiu apenas 1,3% e o governo já considera adiar e até descartar de vez o racionamento. 

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um assessor do governo afirmou que se o sistema Cantareira estiver operando com uma capacidade de 10% a 12% no final de março, o rodízio de água na Grande São Paulo pode ser evitado.

Para que isso ocorra, o ritmo atual de chuvas precisaria permanecer até o final de março, quando termina a estação das chuvas na região. Além disso, é preciso que a obra de ligação entre a represa Billings com o sistema Alto Tietê e a interligação entre os sistemas fiquem prontas até maio. Assim, as represas que estão em melhor situação poderiam atender moradores que hoje são abastecidos pelo Cantareira. 

Se todos os três fatores acontecerem e a política de redução de pressão na rede de abastecimento for mantida, a Sabesp afirma que poderá manter o abastecimento ao longo de 2015 e evitar a possibilidade de rodízio de água. 

Para isso acontecer, no entanto, a vazão de retirada de água do Cantareira teria que ser diminuída mais uma vez. A vazão atual é de 14 mil litros por segundo e a Sabesp quer baixá-la para 10 mil litros por segundo para passar o ano. Antes da crise, eram retirados 33 mil litros de água por segundo do sistema.

De qualquer forma, é preciso esperar o dia 28 de fevereiro para saber se o rodízio será necessário ou não. Caso os fatores esperados pela Sabesp não aconteçam do jeito esperado, o modelo de rodízio implantado seria o de quatro dias sem água e dois com abastecimento. 

Segundo a coluna da Mônica Bergamo na Folha, em reunião secreta com o prefeito Fernando Haddad (PT-SP), o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) explicou que menos dias com a torneira seca não renderiam a economia necessária para superar a crise. 

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