Brasil

Choque arrasta 10 manifestantes à força no Rio

O conflito aconteceu às 12h30. Havia 30 manifestantes sentados em protesto nas imediações de tronco de árvore e dez foram arrastados em meio a gritos e ameaças


	Policiais cercam prédio do antigo Museu do Índio: manifestante protesta do alto de árvore contra retirada de indígenas e ativistas da área do antigo Museu
 (Vladimir Platonow/ABr)

Policiais cercam prédio do antigo Museu do Índio: manifestante protesta do alto de árvore contra retirada de indígenas e ativistas da área do antigo Museu (Vladimir Platonow/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 14h24.

Rio - Policiais militares do Batalhão de Choque arrastaram à força dez manifestantes que permaneciam sentados em volta de uma árvore onde, no alto, a 4 metros de altura, está um homem de cocar.

Pendurado a um galho, o manifestante protesta desde as 9h30 contra a retirada de indígenas e ativistas da área do antigo Museu do Índio, vizinho ao estádio do Maracanã (zona norte).

Os manifestantes foram agarrados e retirados do entorno da árvore pela PM, que agora cerca o tronco com grades. Identificado não oficialmente como Urutau Guajajara, o homem permanece quieto na maior parte do tempo. Além do cocar de penas coloridas, veste apenas uma bermuda.

O Corpo de Bombeiros estendeu uma escada do tipo magirus em direção à arvore, mas o homem se recusou a descer. No momento, há 20 PMs dentro da área cercada. Eles estudam com os bombeiros o que fazer para tirar o manifestantes do galho alto. Há pouco, ele pediu água. Um bombeiro lhe entregou um copo.

O conflito aconteceu às 12h30. Havia 30 manifestantes sentados em protesto nas imediações do tronco. A PM mandou todo mundo sair. Só dez ficaram, e foram arrastados em meio a gritos e ameaças. Um homem, que dirigia desaforos a policiais, foi preso em flagrante.

Os demais chamavam os PMs de "cachorrinhos do Cabral (referência ao governador Sérgio Cabral). Com eles, uma faixa com a pergunta, em inglês, sobre onde foram parar os ossos do pedreiro Amarildo de Souza, que teria sido morto pela PM em julho, na Favela da Rocinha (zona sul). O corpo jamais apareceu.

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