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No clima, liderança chinesa

Termina nesta sexta-feira a Conferência do Clima COP 22, que reuniu lideranças mundiais por duas semanas no Marrocos, para definir um plano de trabalho para atingir as metas estabelecidas no Acordo de Paris – de reduzir o avanço da temperatura no planeta. No meio do evento, porém, as discussões ficaram empacadas devido ao resultado das […]

COP 22: líderes globais se reuniram por duas semanas para a discutir implementação do Acordo de Paris / Youssef Boudlal/ Reuters

COP 22: líderes globais se reuniram por duas semanas para a discutir implementação do Acordo de Paris / Youssef Boudlal/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 19h16.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

Termina nesta sexta-feira a Conferência do Clima COP 22, que reuniu lideranças mundiais por duas semanas no Marrocos, para definir um plano de trabalho para atingir as metas estabelecidas no Acordo de Paris – de reduzir o avanço da temperatura no planeta. No meio do evento, porém, as discussões ficaram empacadas devido ao resultado das eleições americanas. A vitória de Donald Trump faz uma inusitada liderança despontar solitária na questão climática: a China.

Estados Unidos e China são os maiores poluentes do mundo e, consequentemente, os que possuem metas mais agressivas de redução. Os americanos haviam decidido reduzir em 28% as emissões até 2025, em relação ao índice registrado em 2005, uma média de 1,4% ao ano. As metas  chinesas são ainda mais ambiciosas: a expectativa é cortar em 18% as emissões até 2020, uma média de 4,5% ao ano. O país tem se valido disso para pressionar outros países ricos a intensificarem seus cortes. 

Trump, que não acredita nas mudanças climáticas, chegou a afirmar que o acordo do clima não passa de uma “farsa chinesa”. A COP 22 mostrou que muita gente está do lado chinês: mais de 360 empresas, entre elas gigantes como Nike, Unilever e L’Oreal, assinaram uma carta em que reafirmam a necessidade de adotar, o mais rápido possível, uma economia de baixo carbono. A União Europeia já afirmou que, caso os Estados Unidos desistam do acordo, vai impor uma nova taxa aos produtos americanos, como forma de cobrar pelo prejuízo ambiental.

Como resultado do impasse, a Carta de Marrakech, a ser publicada ao final do evento, deve ficar muito aquém do esperado para esta edição. O plano de trabalho deve ser deixado para a COP de 2018 a discussão sobre as indefinições americanas. Até lá, os chineses, os maiores poluidores do planeta, serão a principal voz dos ambientalistas. 

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