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China busca áreas de cultivo no Brasil

Estatal agrícola do país quer adquirir 220 mil hectares de terra em países emregentes; Brasil é uma das prioridades

Plantação de soja: legislação brasileira limita o investimento estrangeiro em agricultura (Divulgação)

Plantação de soja: legislação brasileira limita o investimento estrangeiro em agricultura (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 13h04.

Pequim - O principal grupo agrícola da China, Heilongjiang Beidahuang Nongken Group, anunciou nesta segunda-feira que adquirirá ou arrendará 200 mil hectares de cultivo em países latino-americanos como o Brasil, assim como em Rússia, Filipinas, Austrália e Zimbábue, informou o jornal oficial "China Daily".

O presidente do grupo, Sui Fengfu, afirmou à publicação que as aquisições serão feitas ao longo deste ano.

A empresa estatal investiu mais de US$ 38 milhões entre 2005 e 2010 em uma expansão global cuja estratégia varia de acordo com cada país-alvo, explicou Sui.

"Na Venezuela e no Zimbábue, o grupo fornecerá principalmente maquinaria e mão de obra, e em troca ficará com 20% da colheita", disse.

"Na Austrália, normalmente adquirimos terra de cultivo local. Já no Brasil e na Argentina, o modelo de negócio envolve o arrendamento das terras", acrescentou.

A China, país de maior população de todo o planeta, com 1,34 bilhão de habitantes, sofre um déficit agrícola que levou as autoridades a buscarem áreas de cultivo fora do território chinês.

"Países como os da América Latina, por exemplo, têm terrenos cultiváveis e necessitam de nossa tecnologia e investimento. Nossas companhias são bem-vindas por lá, é uma solução que faz as duas partes saírem ganhando", afirmou Wang Yunkun, subdiretor do Comitê Agrícola do legislativo chinês.

O "China Daily" também destacou que alguns países, como a Argentina, restringem suas exportações, enquanto o Brasil adotou normas em 2010 que limitam o investimento estrangeiro em agricultura.

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