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Chega a seis total de terminais de ônibus fechados em SP

Terminais de todas as regiões da cidade foram afetados


	Vista externa do Terminal de Pinheiros: esse foi um dos afetados
 (Saulo Pereira Guimarães/Exame.com)

Vista externa do Terminal de Pinheiros: esse foi um dos afetados (Saulo Pereira Guimarães/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 14h31.

São Paulo - Mais três terminais de ônibus da capital paulista foram fechados nesta terça-feira, 20. Trata-se das paradas Sacomã, na zona sul, Amaral Gurgel, no centro, e Lapa, na zona oeste.

Mais cedo, outros três terminais de ônibus da capital paulista foram fechados por trabalhadores da categoria. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), os Terminais Pirituba, na zona norte, Princesa Isabel, no centro, e Pinheiros, na zona oeste, estão bloqueados desde as 9h50. Os demais fecharam as portas por volta das 11h15.

A empresa controlada pela Prefeitura não soube informar o motivo exato da paralisação, mas, por meio de nota, disse repudiar "com veemência os fatos ocorridos, como a retirada de chaves dos coletivos, impedindo sua circulação", acrescentando que "considera os atos sabotagem ao sistema e irá agir com o rigor necessário à apuração e punição dos envolvidos e responsáveis".

A SPTrans divulgou ainda que acionou a Polícia Militar "e solicitará ao Ministério Público a apuração das responsabilidades sobre as paralisações registradas" nesta manhã.

Pelo Terminal Pirituba, circulam, em média, 55 mil passageiros diariamente, em 28 linhas. No Pinheiros, são 30 mil usuários, que têm à disposição 26 itinerários. Já o Terminal Princesa Isabel atrai 25 mil pessoas que se distribuem em 20 linhas.

O Terminal Amaral Gurgel tem cerca de 58 mil passageiros por dia em 19 linhas de ônibus. Já pela Lapa passam 22 linhas e 55 mil pessoas diariamente. O Sacomã, por sua vez, tem 24 linhas.

Por volta das 13h, manifestantes que participavam do ato paravam coletivos na Avenida Pacaembu e obrigavam os passageiros a descerem dos ônibus.

Mais cedo, funcionários da empresa Santa Brígida furaram pneus de oito ônibus na região central de São Paulo, em um protesto perto do Largo do Paiçandu.

Na segunda-feira, 19, membros do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindimotoristas) aprovaram em assembleia a proposta de reajuste salarial de 10% oferecida pelas empresas em que trabalham.

A entidade, por meio de sua assessoria de imprensa, se disse "surpresa" com a manifestação.

"É uma paralisação que não é reconhecida pelo sindicato, de uma minoria, cerca de 200 pessoas, que não estão satisfeitas com os 10% conquistados na campanha salarial", afirma Romualdo Santos, assessor da presidência do sindicato.

"É uma arruaça. Estamos tentando fazer uma assembleia com esse pessoal."

De acordo com ele, as paralisações nos três terminais e no Largo do Paiçandu foram coordenadas por trabalhadores das garagens da empresa Santa Brígida.

Conforme os ônibus de outras empresas e consórcios vão chegando às paradas, eles vão sendo obrigados a não sair, disse Santos.

O prefeito Fernando Haddad (PT) ficou surpreso com os atos desta terça-feira.

"Ontem, eu recebi uma comunicação do sindicato dos empresários dizendo que fecharam o acordo com a categoria. Para mim foi uma completa novidade uma dissidência desse sindicato que não aceita os termos do acordo. Pedi para o Jilmar [Tatto, secretário municipal de Transportes] avaliar o que está acontecendo para tomar as providências cabíveis. Eu entendo que, se há o acordo, ele tem que ser cumprido".

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