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Chefes do PCC saíram pela porta da frente de presídio no Paraguai

Em depoimento, um dos fugitivos afirmou que detentos ‘peixes grandes’ fugiram pela entrada principal da unidade no último domingo

PCC: 75 presos fugiram do presídio de Pedro Juan Caballero (Reprodução/Reuters)

PCC: 75 presos fugiram do presídio de Pedro Juan Caballero (Reprodução/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 09h22.

Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 09h28.

Rio — Um dos 75 fugitivos do presídio de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, afirmou à polícia do país que os chefes da maior facção criminosa brasileira, o PCC, que ocupavam duas alas do local deixaram a unidade prisional pela porta da frente, no último domingo. Cristian Javier Benítez Vera, que se entregou ontem, disse ter escapado por um túnel cavado de dentro de uma cela.

“Todos saímos no mesmo dia, no domingo. Muitos foram pelo túnel, mas alguns também foram andando, pelo portão principal. Os ‘peixes grandes’ saíram pela frente e ainda tinha alguém os esperando na porta”, afirmou em depoimento, de acordo com reportagem do jornal paraguaio “ABC Color”.

Benítez disse que não pertence à facção brasileira e que, quando a fuga teve início, os chefes do grupo gritaram “Corram! Vão embora!”, convidando os outros presos a também deixarem os pavilhões. Ele contou ter ficado até ontem sozinho, escondido na mata, e que se entregou às autoridades locais porque seus pais pediram.

Transferências

Após uma inspeção médica, Benítez foi transferido para a mesma prisão de onde fugiu. Lá também estão os 32 agentes penitenciários, incluindo o diretor do presídio, suspeitos de facilitarem a fuga em massa.

Eles foram transferidos na manhã de ontem. De acordo com as autoridades paraguaias, os agentes teriam ajudado os criminosos em troca de R$ 330 mil.

Além de Benítez, outros seis presos foram recapturados. O Ministério Público do Paraguai analisa imagens de 16 câmeras de segurança instaladas no presídio de Pedro Juan Caballero para entender como ocorreu a fuga. De acordo com María Irene Álvarez, membro do órgão, todos os equipamentos estavam em funcionamento e estão sendo avaliados por peritos do MP.

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