Brasil

Chefe do "clube das empreiteiras" vai depor novamente

A expectativa é de que o dono da UTC cite novos nomes e explique o envolvimento de políticos e autoridades no esquema


	No último depoimento, o delator citou o nome do senador e ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão, entre outros políticos
 (Elza Fiúza/ABr)

No último depoimento, o delator citou o nome do senador e ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão, entre outros políticos (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 14h34.

Brasília - O dono da UTC, Ricardo Pessoa, que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) este mês, deve voltar a Brasília na próxima semana para prestar depoimentos.

A advogada de Pessoa, Carla Domenico, encaminhou nesta sexta-feira, 22, um pedido para o juiz Sérgio Moro, pedindo autorização para o réu viajar à capital federal, onde permanecerá entre 25 e 29 de maio.

Pessoa, considerado o coordenador do chamado "clube vip" das empreiteiras, deverá contar a investigadores da Lava Jato o que sabe sobre o esquema responsável por desvios na Petrobras.

Como o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o delator citou o nome do senador e ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão, entre outros políticos durante o depoimento em que foi assinado o acordo de colaboração. A expectativa é de que Pessoa cite novos nomes e explique o envolvimento de políticos e autoridades no esquema.

Além do pedido de deslocamento para prestar depoimentos na sede da PGR, a defesa de Pessoa solicitou autorização para que o executivo volte a Brasília em 2 de junho, quando deverá prestar um novo depoimento, desta vez à CPI da Petrobras, no Congresso.

A viagem ainda precisa ser autorizada pelo juiz Sérgio Moro, que cuida da Operação Lava Jato na primeira instância, na 13ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Curitiba, no Paraná. A autorização é necessária porque Pessoa está sob medidas restritivas de liberdade, desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) reverteu sua prisão preventiva em ações cautelares como uso de tornozeleira eletrônica.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilUTC

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas