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Chefe da PF troca diretor que investigava caso do porto de Santos

Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", diretor que investigava irregularidades no porto de Santos recebeu uma ligação dizendo que não seguirá no posto

Porto de Santos: delegado-chefe que investigava irregularidades será substituído, diz jornal (Germano Lüders/Exame)

Porto de Santos: delegado-chefe que investigava irregularidades será substituído, diz jornal (Germano Lüders/Exame)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 23 de dezembro de 2017 às 11h38.

Última atualização em 23 de dezembro de 2017 às 11h43.

São Paulo -- A diretoria da Polícia Federal vai trocar o chefe da delegacia de Santos (SP) que investigava irregularidades em contratos ligados ao porto da cidade.

Segundo informações do jornal "Folha de S. Paulo", o delegado-chefe da PF santista, Júlio César Baida Filho, recebeu uma ligação telefônica do diretor-executivo da Superintendência da PF de São Paulo, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho, dizendo que ele não continuaria no cargo, por decisão do diretor-geral Fernando Segovia.

A princípio, o substituto de Baida Filho seria o delegado José Roberto Sagrado Da Hora. Devido a resistências de investigadores quanto à escolha, o nome de outro sucessor está sendo analisado. Baida Filho, que está de férias nos EUA, recebeu o convite de chefiar a força-tarefa de combate ao tráfico de drogas e armas no Rio de Janeiro, e aceitou.

De acordo com a "Folha", a troca de comando aconteceu depois de uma reunião com cerca de 10 investigadores na sede da PF em Santos, há três semanas. O tema do encontro foram as irregularidades em contratos no porto de Santos.

O presidente Michel Temer está sendo investigado pelo suposto favorecimento da operadora de terminais Rodrimar por meio da edição do Decreto dos Portos, mediante pagamento de propina, que teria sido intermediado por Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor da presidência.

A "Folha" buscou contato com o diretor-geral Fernando Segovia, mas não obteve retorno.  A assessoria da PF disse ao jornal que não há notícia concreta de alterações. Lindinalvo de Almeida Filho disse que "ainda nada há de efetivo no que pertine a este assunto" e Júlio César Baida Filho afirmou que não vai se manifestar sobre o caso antes de voltar das férias.

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