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Chefe da Força Nacional pede demissão e critica Dilma

O coronel Adilson Moreira estava no cargo de diretor da Força Nacional de Segurança interinamente desde janeiro


	Agentes da Força Nacional: órgão é responsável pela segurança durante os Jogos Olímpicos no Rio.
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Agentes da Força Nacional: órgão é responsável pela segurança durante os Jogos Olímpicos no Rio. (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 08h47.

Brasília - Ao pedir demissão do comando da Força Nacional de Segurança de Pública, o coronel Adilson Moreira enviou um e-mail a seus subordinados com críticas ao governo federal e à presidente Dilma Rousseff.

"Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram", diz o texto do coronel.

Aos colegas, ele afirma que sempre viveu um "conflito ético de servir a um governo federal com tamanha complexidade política".

"A nossa administração federal não está interessada no bem do País, mas em manter o poder a qualquer custo. Como o compromisso era de não causar solução de continuidade, solicitei apontar um substituto."

Adilson Moreira estava no cargo de diretor da Força interinamente desde janeiro e disse, no comunicado, que gostaria de ficar até o fim dos Jogos Olímpicos, mas que "agora, em março, não foi mais possível manter o foco na área técnica somente".

A saída da diretoria a poucos meses da Olimpíada traz preocupação, porque a Força Nacional é responsável pela segurança durante o evento. A expectativa é de que cerca de 10 mil homens sejam enviados ao Rio de Janeiro com esse objetivo.

Inquérito

A Força Nacional de Segurança Pública é um órgão ligado ao Ministério da Justiça. A pasta afirmou ontem, por meio de nota, que considerou "graves" as declarações feitas pelo coronel e que, como elas "podem implicar falta disciplinar e gesto de deslealdade administrativa", o ministério vai instaurar inquérito administrativo e levar o caso à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, uma vez que Moreira mencionou o nome da presidente Dilma Rousseff.

O Ministério da Justiça também informou que pediu à Advocacia-Geral da União (AGU) que verifique se cabem eventuais medidas judiciais contra o coronel Adilson Moreira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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