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Chapa governista tem 8 nomes a mais que oposicionista

Como na chapa original as indicações foram feitas pelos líderes, os dois nomes devem ficar na chapa alternativa, batizada de "Unindo o Brasil"


	Sessão da Câmara: como na chapa original as indicações foram feitas pelos líderes, os dois nomes devem ficar na chapa alternativa, batizada de "Unindo o Brasil"
 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Sessão da Câmara: como na chapa original as indicações foram feitas pelos líderes, os dois nomes devem ficar na chapa alternativa, batizada de "Unindo o Brasil" (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 20h34.

Brasília - A chapa governista enfrentará a chapa da oposição com oito deputados a mais na disputa pela composição da comissão especial que decidirá sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O grupo favorável ao governo inscreveu 49 deputados de 20 partidos, enquanto o grupo que defende o impedimento da presidente apresentou 39 nomes de 13 partidos. No entanto, os números da primeira chapa serão alterados.

A governista deve perder dois integrantes, os deputados Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e Marco Feliciano (PSC-SP).

Os dois aparecem nas duas chapas. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dirá na abertura da sessão que serão consideradas as inscrições feitas pelo próprio parlamentar.

Como na chapa original as indicações foram feitas pelos líderes, os dois nomes devem ficar na chapa alternativa, batizada de "Unindo o Brasil".

Com isso, a chapa governista deve ficar com 47 deputados de 19 partidos. A alternativa, com 39 deputados de 13 partidos.

Para a composição da chapa liderada por governistas, houve deputados que mudaram de partido. Foi o caso de Silvio Costa (PE), um dos vice-líderes do governo na Câmara.

Ele deixou o PSC nas últimas semanas, após o partido se aliar a Cunha e a siglas da oposição na defesa do impeachment, e se filiou ao PTdoB.

Votação

Será secreta a votação desta terça-feira para escolha dos integrantes da comissão especial que decidirá sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A decisão foi tomada ainda na segunda-feira, 7, e está embasada no artigo 188 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Os deputados votarão em urnas eletrônicas em cabines individuais.

O governo tentará reverter a decisão do voto secreto. "Não vamos aceitar voto secreto por um motivo simples: o STF já definiu que não cabe voto secreto nesse caso. E vamos para a luta política", afirmou Sílvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo na Casa.

A eleição desta tarde é um termômetro para a força de cada lado da disputa: governo e a dobradinha entre Cunha e oposição, retomada ontem.

O grupo vencedor também tende a ficar com os cargos de comando da comissão - relatoria e presidência.

Como qualquer uma das chapas que vencer a eleição não terá os 65 nomes necessários para formar a comissão, líderes dos partidos não representados apresentam novos nomes, que formam uma nova chapa, votada em eleição suplementar.

Esta nova votação só deve ocorrer nesta quarta-feira, 9.

Concluída a eleição suplementar, a Câmara tem até 48 horas para instalar a comissão especial. Já na instalação, são eleitos presidente e relator do colegiado.

A partir daí, a presidente Dilma tem até dez sessões para se manifestar. Então, em até cinco sessões, a comissão dá parecer para arquivar ou levar adiante o processo.

Votado o parecer na comissão, o texto vai a plenário. Se dois terços dos deputados (342) aprovarem o parecer, o caso segue para o Senado e a presidente deve ser afastada até que haja votação pelos senadores.

Alguns integrantes da base já cogitam questionar no Supremo Tribunal Federal se a presidente seria afastada logo após a decisão da Câmara ou apenas após o término do processo no Senado.

Veja a formação dos dois grupos:

CHAPA 1

PT

José Guimarães (CE)

Sibá Machado (AC)

Paulo Teixeira (SP)

Wadih Damous (RJ)

Arlindo Chinaglia (SP)

José Mentor (SP)

Henrique Fontana (RS)

Vicente Candido (SP)

PMDB

Leonardo Picciani (RJ)

Celso Maldaner (SC)

Daniel Vilela (GO)

Hildo Rocha (MA)

João Arruda (PR)

José Priante (PA)

Rodrigo Pacheco (MG)

Washington Reis (RJ)

PP

Eduardo da Fonte (PE)

Fernando Monteiro (PE)

Iracema Portella (PI)

Roberto Britto (BA)

PR

Maurício Quintella (AL)

Aelton Freitas (MG)

Márcio Alvino (SP)

Lúcio Vale (PA)

PSD

Paulo Magalhães (BA)

Júlio César (PI)

Diego Andrade (MG)

Irajá Abreu (TO)

PTB

Cristiane Brasil (RJ)

Zeca Cavalcanti (PE)

PRB

Jhonatan de Jesus (RR)

Vinícius Carvalho (SP)

PROS

Givaldo Carimbão (AL)

Hugo Leal (RJ)

PDT

Afonso Motta (RS)

Dagoberto (MS)

PCdoB

Jandira Feghali (RJ)

Rede

Alessandro Molon (RJ

PSOL

Ivan Valente (SP)

PV

Sarney Filho (MA)

PMB

Valtenir Pereira (MT)

PTdoB

Silvio Costa (PE)

PTC

Uldurico Júnior (BA)

PEN

Júnior Marreca (MA)

PMN

Antônio Jácome (RN)

PTN

Bacelar (BA)

PSC

Eduardo Bolsonaro (SP) *

Marco Feliciano (SP) *

*Nomes devem ser retirados da chapa 1, porque, como aparecem nas duas chapas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), priorizará a inscrição feita por meio de assinatura dos deputados, feita apenas pela chapa 2.

CHAPA 2

Veja os nomes da chapa:

PMDB

Carlos Marun (MS)

Flaviano Melo (AC)

Lelo Coimbra (ES)

Lucio Vieira Lima (BA)

Manoel Júnior (PB)

Mauro Mariani (SC)

Osmar Terra (RS)

Osmar Serraglio (PR)

PSDB

Bruno Covas (SP)

Carlos Sampaio (SP)

Rossoni (PR)

Shéridan (RR)

Nilson Leitão (MT)

Paulo Abi-Ackel (MG)

PP

Jair Bolsonaro (RJ)

Jerônimo Goergen (RS)

Luis Carlos Heinze (RS)

Odelmo Leão (MG)

PSD

Sóstenes Cavalcante (RJ)

Evandro Roman (PR)

João Rodrigues (SC)

Delegado Éder Mauro (PA)

PSB

Fernando Bezerra Filho (PE)

Bebeto (BA)**

Danilo Forte (CE)

Tadeu Alencar (PE)

PTB

Benito Gama (BA)

Sérgio Moraes (RS)

Ronaldo Nogueira (RS)

Solidariedade

Paulinho da Força (SP)

Fernando Francischini (PR)

DEM

Mendonça Filho (PE)

Rodrigo Maia (RJ)

PSC

Eduardo Bolsonaro (SP)

Marco Feliciano (SP)

PMB

Major Olímpio (SP)

PHS

Kaio Maniçoba (PE)

PPS

Alex Manente (SP)

PEN

André Fufuca (MA)

**Deputado não aparece na listagem oficial

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