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Chances de encontrar sobreviventes em Brumadinho são baixas, diz tenente

Em entrevista coletiva para atualizar o número de mortos, Pedro Aihara explicou que os rejeitos dificilmente permitem a formação de bolsões de ar

Brumadinho: número de vítimas subiu para 60 (Washington Alves/Reuters)

Brumadinho: número de vítimas subiu para 60 (Washington Alves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 12h05.

São Paulo — O porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (28) que as chances de encontrar sobreviventes na tragédia em Brumadinho (MG) são consideradas baixas.

Em atualização sobre o número de mortos, Aihara explicou que os rejeitos dificilmente permitem a formação de bolsões de ar.

"As chances são muito pequenas considerando o tipo de tragédia, que envolve lama. É uma operação de guerra, que demanda esforços e compreensão de todas as partes", disse.

Na fala, ele lembrou que o tipo de atuação realizada pelas equipes de busca e resgate é bastante delicada, já que envolve milhões de metros cúbicos de rejeito.

A previsão, segundo ele, é que os homens permaneçam no local por semanas. As chances de encontrar sobreviventes, entretanto, são consideradas baixas.

Balanço mais recente

Às 10h30 desta segunda-feira, a Defesa Civil de Minas Gerais divulgou que o número de mortos no desastre em Brumadinho subiu para 60.

De acordo com o porta-voz do órgão, tenente-coronel Flávio Godinho, 382 pessoas foram localizadas, e 191 foram resgatadas e 292 permanecem desaparecidas. Dos 60 mortos, 19 foram identificados até o momento. Há ainda 135 pessoas desabrigadas.

O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976 e tinha volume de 12,7 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades há cerca de três anos, pois o beneficiamento do minério na unidade é feito à seco.

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