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Chanceler argentina considera legal processo de impeachment

A rapidez com que a Casa Rosada emitiu a declaração foi criticada pela oposição peronista e por alguns aliados de Macri


	Mauricio Macri: a rapidez com que a Casa Rosada emitiu a declaração foi criticada pela oposição peronista e por alguns aliados de Macri
 (Jorge Adorno / Reuters)

Mauricio Macri: a rapidez com que a Casa Rosada emitiu a declaração foi criticada pela oposição peronista e por alguns aliados de Macri (Jorge Adorno / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 08h21.

Buenos Aires - A chanceler argentina, Susana Malcorra, considera legal o processo que afastou a presidente Dilma Rousseff do cargo, embora veja uma controvérsia sobre a legitimidade da ação.

O governo de Mauricio Macri reconheceu por meio de nota as "novas autoridades instituídas" no Brasil minutos após a votação da admissibilidade do processo de impeachment no Senado que levou, na quinta-feira passada, Michel Temer ao posto de presidente em exercício.

A rapidez com que a Casa Rosada emitiu a declaração foi criticada pela oposição peronista e por alguns aliados de Macri.

"Não restava outra alternativa que não fosse fazer um reconhecimento. Do ponto de vista formal, não se pode dizer que não seguiu a legalidade. Alguém pode perguntar se seguiu a legitimidade, que é o que causa incômodo em muitos", afirmou Malcorra em entrevista em Londres, publicada nesta segunda-feira, 16, pelo jornal Clarín.

A chanceler argentina classificou a situação brasileira como "difícil" justamente por considerar tênue o limite entre legalidade e legitimidade, mas indicou não haver razão para punir o País com base em cláusula democrática que poderia ser imposta em caso de decisão unânime do Mercosul ou da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

"Discutimos isso com o Brasil. Eles sentem que caminharam nesse caminho estreito da legalidade versus legitimidade. Mas sentem que a aplicação de uma cláusula democrática pode atingir até mais do que já está afetando", acrescentou.

Malcorra mencionou no início de março uma tentativa de mobilização de chanceleres do Mercosul para apoiar o governo de Dilma e abriu a possibilidade de discutir uma punição ao Brasil em caso de destituição da petista.

O Itamaraty então desestimulou essas reuniões de apoio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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