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Chamado, PV decide não participar da gestão Haddad

Com a decisão, o secretário Ricardo Teixeira deve sair do partido e se filiar ao PR, do ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues


	Haddad: ele avaliou não ser possível manter relação de estreita confiança com o PSD, de Gilberto Kassab
 (Heloisa Ballarini/SECOM)

Haddad: ele avaliou não ser possível manter relação de estreita confiança com o PSD, de Gilberto Kassab (Heloisa Ballarini/SECOM)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 15h05.

São Paulo - O PV, do secretário de Coordenação das Subprefeituras Ricardo Teixeira, decidiu não fechar apoio prévio à reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT).

Com a decisão, Teixeira deve sair do partido e se filiar ao PR, do ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues.

Um dos homens-fortes de Haddad, o ex-tucano Teixeira vai permanecer no governo.

Chamado pelo próprio Teixeira para uma conversa com Haddad na semana passada, o deputado federal José Luiz Penna (PV) declinou.

Ele decidiu não fechar apoio com nenhum mandatário de Executivo antes das eleições de 2016.

A sigla estuda ter candidatura própria, como fez nas eleições ao governo estadual do ano passado, quando lançou o médico e vereador Gilberto Natalini.

O próprio Natalini deve ser o candidato a prefeito do partido.

Teixeira deve se tornar agora o homem do ministro Rodrigues dentro do governo municipal petista.

Mas ele deve postergar sua desfiliação do PV até outubro, para não perder sua cadeira na Câmara Municipal - um ano antes das eleições ele precisa se filiar a outro partido para disputar as eleições de 2016.

O PV já comunicou o secretário que vai pedir sua vaga no Legislativo de volta, caso ele confirme a desfiliação.

A entrada do PR na gestão municipal fortalece Haddad na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo.

Rodrigues é aliado da ex-senadora Marta Suplicy (PT), que ensaia sua entrada no pleito de 2016.

Agora, o ministro já fechou apoio à reeleição de Haddad, assim como o PMDB do secretário da Educação, Gabriel Chalita.

Desconvite

Na composição para as eleições de 2016, Haddad também avaliou não ser possível manter relação de estreita confiança com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), atual ministro das Cidades.

Por isso, o vereador Marco Aurélio Cunha foi "desconvidado" a participar do governo, mesmo após ter dito que aceitaria o convite feito pelo então secretário de Relações Governamentais, Paulo Frateschi.

Haddad ficou irritado com a demora para Cunha responder seu segundo convite feito ao vereador para assumir a SPTuris (São Paulo Turismo) - o primeiro havia sido feito em 2013, no primeiro ano de governo.

O convite ocorreu no dia 22 de dezembro e o vereador ligado ao São Paulo demorou mais de duas semanas para responder.

Além da demora, Haddad avaliou que não havia entendimento dentro da bancada do partido na Câmara.

O vereador Goulart (PSD) também queria o cargo, enquanto Police Neto (PSD) defendia a independência da sigla em relação ao governo do PT.

Police Neto foi opositor de projetos considerados importantes para os petistas, como o aumento do IPTU.

Kassab também já adiantou que a ida de Cunha ao governo era uma decisão pessoal do vereador e não significaria apoio à reeleição do petista.

O ministro também quer ter liberdade para lançar uma eventual candidatura própria em São Paulo no ano que vem.

Um dos nomes do PSD cotados para a disputa é o do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

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