Brasil

CGU vai aprofundar investigações sobre a Petrobras

O coordenador de responsabilização de Entes Privados da CGU, Flávio Dematté, foi um dos palestrantes do VI Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal


	CGU: Dematté ressaltou que comissão de investigação do órgão, da qual ele não faz parte, foi formada nesta quarta-feira pelo ministro-chefe da CGU, Jorge Hage
 (Divulgação)

CGU: Dematté ressaltou que comissão de investigação do órgão, da qual ele não faz parte, foi formada nesta quarta-feira pelo ministro-chefe da CGU, Jorge Hage (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 16h30.

Vitória - O coordenador-geral de responsabilização de Entes Privados da Corregedoria Geral da União, órgão ligado à Controladoria Geral da União (CGU), Flávio Dematté, afirmou que o relatório elaborado pela Comissão Interna de Apuração da Petrobras para investigar os contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore não será confrontado, e sim servirá de ponto de partida, nas investigações da sindicância instaurada pela CGU e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 3.

O coordenador foi um dos palestrantes do VI Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que está sendo realizado esta semana em Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo.

Dematté ressaltou que a comissão de investigação do órgão, da qual ele não faz parte, foi formada nesta quarta-feira, 2, pelo ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, e que o relatório final da sindicância poderá dar ensejo a um processo de natureza punitiva, tanto para os empregados envolvidos, ou para as pessoas jurídicas.

"O relatório apresentado pela Petrobras foi um trabalho bem feito, mas dentro das limitações que a estatal possui. Iremos aprofundar os trabalhos para chegar a novas informações. Inclusive entraremos em contato com outros órgãos do poder executivo federal que podem auxiliar, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI)", afirmou.

O coordenador não descartou que a CGU também vá instaurar outra sindicância para investigar o caso da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, mas afirmou que a avaliação deve ser feita somente após a divulgação do relatório elaborado pela Petrobras, assim como ocorreu no caso da SBM. A comissão interna da companhia deve se manifestar até a primeira quinzena de maio.

Também participou do evento como palestrante o delegado federal Isalino Giacomet, que atualmente é o coordenador-geral de Recuperação de Ativos do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.

Ele alegou que o órgão não tem competência para dar esclarecimentos sobre os casos envolvendo a Petrobras, e que respeita o sigilo dado pelos órgãos de investigação.

Nos bastidores do evento, comentou-se que o delegado Márcio Anselmo, que comanda as investigações dos contratos da Petrobras com a SBM Offshore, não compareceu ao congresso pois a operação teria novos desdobramentos e seriam abertos novos inquéritos em Brasília nos próximos dias.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCGUCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoIrregularidadesPETR4PetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações