Brasil

CGU tenta cooperação da Holanda no caso SBM

Companhia teria pagado propina a servidores da Petrobras para fechar negócios bilionários


	Guindastes trabalham na construção de um navio de produção de petróleo (FPSO) da Petrobras
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Guindastes trabalham na construção de um navio de produção de petróleo (FPSO) da Petrobras (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 21h03.

Rio de Janeiro - A Controladoria Geral da União (CGU) tenta, pela terceira vez, obter a cooperação da Holanda nas investigações sobre os contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore, que aluga navios-plataforma (FPSOs) a petroleiras e teria pagado propina a servidores da estatal para fechar negócios bilionários.

Sem essa troca de informações, a apuração do caso permanece travada, sem prazo para a apresentação do relatório final, disse ontem o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage.

Até hoje, a CGU não conseguiu a colaboração das autoridades holandesas porque a legislação do país permite a troca de informações apenas para processos criminais, enquanto o procedimento adotado pela Controladoria é administrativo.

Para viabilizar a cooperação, a CGU está em tratativas com o Ministério da Justiça para elaborar um novo pedido e conseguir vencer os entraves colocados pela lei holandesa.

"Estamos em entendimento com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para formular um novo pedido para fins da investigação criminal, com base no inquérito policial da Polícia Federal. Então, obtidas as informações, nós obteremos a autorização judicial no Brasil para que a Polícia compartilhe as informações com a CGU", explicou Hage, que participou nesta quarta-feira do 10º Encontro Nacional de Controle Interno, no Rio.

Em abril, dois meses após a denúncia de um ex-funcionários, a SBM Offshore reconheceu que desembolsou US$ 139,1 milhões a um agente no Brasil, mas sem evidências de pagamentos indevidos a servidores do governo brasileiro.

Dias antes, a Petrobras comunicou que não havia encontrado indícios de recebimento de propina por algum de seus funcionários, segundo apuração interna.

A CGU, que está no caso abril, esperava concluir a investigação até 14 de junho deste ano. Diante da dificuldade, o ministro-chefe da CGU confirmou que não há previsão de quando o relatório será fechado.

"Estamos trabalhando intensamente. Esta é a terceira tentativa (de obter as informações), esperamos conseguir agora. (O prazo) depende dessa cooperação", disse Hage.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCGUEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas