Brasil

CGU pede esclarecimentos da Siemens sobre cartel

Inclusão no cadastro da Controladoria-Geral da União mostraria que empresa tem medidas internas para reduzir a probabilidade atos ilícitos


	Siemens: empresa entrou no cadastro em 2011, anos depois dos fatos noticiados atualmente e que resultou na implantação de um plano de integridade
 (Siemens/Getty Images)

Siemens: empresa entrou no cadastro em 2011, anos depois dos fatos noticiados atualmente e que resultou na implantação de um plano de integridade (Siemens/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 14h27.

Brasília – A Controladoria-Geral da União (CGU) informou hoje (15) que vai propor a notificação da empresa Siemens para que preste esclarecimentos sobre denúncias de formação de cartel nas licitações do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A empresa faz parte do Cadastro Pró-Ética, mantido pela CGU, faz exigências para adesão e permanência na lista, como não se envolver em denúncias capazes de gerar questionamentos quanto ao compromisso da empresa com a ética e a integridade. O comitê gestor do cadastro é que avaliará a possível exclusão da Siemens.

“O Cadastro Empresa Pró-Ética tem como objetivo avaliar a existência, nas empresas, de mecanismos que visem a reduzir os riscos de ocorrência de fraude e corrupção, na busca de um ambiente ético e íntegro, tanto nas suas relações de ordem privada, como no seu relacionamento com o setor público”, explicou a CGU por meio de nota.

Segundo a coordenadoria, a inclusão no cadastro indica que a empresa tem colocado em prática medidas internas para reduzir a probabilidade de ocorrência de atos ilícitos e desvios, além de adotar ações imediatas para puni-los, caso aconteçam, e remediar seus efeitos adversos.

A CGU ressaltou, no entanto, que a aprovação para integrar o Cadastro Pró-Ética não deve ser entendida como um Selo de Empresa Limpa ou garantia de que a empresa esteja livre de atos de corrupção.

“Não há, portanto, em princípio, qualquer contradição entre o fato de uma empresa constar do Cadastro Pró-Ética e vir a ser objeto de notícias sobre seu anterior envolvimento em casos de corrupção. Diferente será a situação na hipótese de surgirem fatos novos a representar a ruptura daquele compromisso público, repita-se, assumido espontaneamente” diz a nota.

Segundo a CGU, a Siemens entrou no cadastro em 2011, anos depois dos fatos noticiados atualmente, provavelmente relacionados ao grande escândalo de que foi protagonista nos anos 2007 e 2008, e que resultou na implantação de um plano de integridade.

Além disso, teria passado por análise criteriosa dos vários aspectos englobados em “amplo e rigoroso” questionário de requisitos, sendo aprovada por um comitê gestor multilateral, formado por oito instituições, além da própria controladoria.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEmpresasEmpresas alemãsempresas-de-tecnologiaEscândalosFraudesmobilidade-urbanaOposição políticaPartidos políticosPSDBSiemens

Mais de Brasil

Tribunal de Justiça de São Paulo mantém proibição de moto por aplicativo na capital

Conselho de Ética da Câmara aprova parecer pela cassação de Glauber Braga, que promete greve de fome

Número de alunos aumenta no ensino médio, mostra Censo Escolar 2024

Guerras comerciais não têm vencedores e 'tarifas arbitrárias' desestabilizam economia, diz Lula