Brasil

CGU determina abertura de processo contra SBM Offshore

Processo, de caráter punitivo, pretende “apurar a possível obtenção de vantagens indevidas e o pagamento de propina a agentes públicos federais”, segundo nota


	Petrobras: processo sobre SBM poderá acarretar em impedimento de celebrar novos contratos com estatal
 (André Valentim/EXAME.com)

Petrobras: processo sobre SBM poderá acarretar em impedimento de celebrar novos contratos com estatal (André Valentim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 20h42.

Brasília - O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou nesta quarta-feira (12) a abertura de um processo de responsabilização da empresa holandesa SBM Offshore em meio à sindicância que investiga relações da empresa com a Petrobras.

O processo, de caráter punitivo, pretende “apurar a possível obtenção de vantagens indevidas e o pagamento de propina a agentes públicos federais”, segundo nota da CGU.

A decisão de que a empresa holandesa precisa ser investigada foi apontada pelo ministro em relatório parcial da sindicância, aberta em abril deste ano pela controladoria.

Segundo o órgão, esse processo sobre a SBM poderá acarretar no “impedimento de celebrar novos contratos com a Petrobras”.

Conforme nota divulgada pela CGU, depois que a medida for publicada no Diário Oficial da União, a empresa será notificada, nos próximos dias, para apresentar defesa.

O contraditório e a ampla defesa serão observados.

De acordo com o órgão, caso a holandesa se comprometa a colaborar com as investigações por meio da assinatura de um acordo de leniência, ela não ficará proibida de contratar.

A nota informa que a SBM procurou a CGU na tentativa de um possível acordo.

“A CGU tem se posicionado de forma favorável, tendo em vista a postura cooperativa da SBM, mas será necessário que ela concorde com os termos exigidos pela controladoria, incluindo o ressarcimento dos prejuízos, para que o acordo seja concretizado”, informou.

Mais seis processos acerca de funcionários e ex-empregados da Petrobras foram instaurados, com o objetivo de responsabilizar individualmente os agentes que participaram de atos ilícitos.

Segundo a nota, os processos têm “contado com a colaboração integral da direção da Petrobras”.

A estratégia da CGU no trabalho da sindicância envolve entrevistas, depoimentos, análise de e-mails, documentos, dados patrimoniais, além de registros de viagens.

A Agência Brasil entrou em contato com a empresa responsável pela assessoria de imprensa da SBM e não recebeu posicionamento sobre o tema até o fechamento desta reportagem.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCGUEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoIrregularidadesPetrobrasPetróleoProcessos judiciais

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas