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Cerveró guardou R$ 630 mil em espécie e tinha lista de joias

Segundo jornal, a polícia encontrou sete páginas com descrição de joias associadas a parentes do ex-diretor. Uma das peças era uma letra 'N' em ouro.

Ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, é preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (14) (Wilson Dias/Agência Brasil)

Ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, é preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (14) (Wilson Dias/Agência Brasil)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 08h35.

São Paulo – O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró guardava mais de meio milhão de reais em espécie, de acordo com uma declaração feita por ele à Receita Federal. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a publicação, um documento apreendido pela polícia na casa do ex-diretor mostra que ele declarou R$ 630 mil “em mãos” em 2010.

Cerveró é suspeito de participar do esquema de corrupção envolvendo a estatal, e está preso desde o dia 14 no âmbito da Operação Lava Jato. Manter dinheiro em casa não é crime, mas sim uma atitude suspeita, pois o dinheiro se desvaloriza.

Segundo a Folha, além deste documento, a polícia encontrou sete páginas com descrição de joias associadas a parentes do ex-diretor. Uma das peças era uma letra 'N' em ouro. Há ainda menção a 98 diamantes.

A polícia encontrou também uma carta em que Cerveró fala com um amigo sobre a negociação da refinaria de Pasadena, nos EUA. Na mensagem, o ex-diretor diz que não aceitaria a "pecha de ter sido o causador único deste 'desastre'".

A compra da refinaria de Pasadena gerou prejuízo de US$ 729 milhões à Petrobras. 

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