Brasil

Cerveró era chamado de "lindinho" em planilha de propina

Delator da Lava Jato afirmou que apelido de ex-diretor da Petrobras era "lindinho"

Nestor Cerveró já foi condenado em duas ações na Operação Lava Jato (Wilson Dias/Agência Brasil)

Nestor Cerveró já foi condenado em duas ações na Operação Lava Jato (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 20h50.

Última atualização em 31 de março de 2017 às 14h15.

São Paulo - O ex-gerente da Petrobras, Eduardo Musa, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que o apelido do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró em planilha de propina era 'lindinho'. Segundo o delator, havia uma tabela com a divisão dos pagamentos ilícitos na Diretoria Internacional.

Eduardo Musa afirmou à força-tarefa da Lava Jato que entrou na Petrobras em 1978, por meio de concurso público. O executivo disse que ficou na companhia até janeiro de 2009.

Em 2003, ele contou que perdeu o cargo que ocupava na gerência geral de Gás e Energia e foi trabalhar na área de Exploração e Produção.

Entre 2003 e 2006, Eduardo Musa afirma ter trabalhado na BR Distribuidora. De 2006 até se aposentar, ele relatou ter sido gerente-geral da área internacional.

"Desde que entrou na Petrobras se ouvia falar do pagamento de vantagem indevida nas mais diversas áreas, mas somente em 2006 o declarante começou a tomar conhecimento de forma direta", declarou Eduardo Musa.

"O tema de pagamento de propina foi apresentado ao declarante por Luis Carlos Moreira. Por volta de julho de 2006, quando o declarante estava começando a trabalhar no desenvolvimento do projeto do navio sonda Petrobras 10000, Moreira mostrou uma planilha de divisão de propinas da área internacional da Petrobras; nesta planilha constavam codinomes (apelidos); que o apelido de Nestor na planilha era Lindinho."

Nestor Cerveró já foi condenado em duas ações na Operação Lava Jato. Em maio, o juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, aplicou 5 anos de pena ao ex-diretor, pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um apartamento de luxo em Ipanema, no Rio.

Em agosto, o juiz impôs a Cerveró 12 anos, três meses e dez dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesIndústria do petróleoNestor CerveróOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas