Tragédia do Realengo: dez meninas e dois meninos morreram na chacina e outras 12 ficaram feridas (Divulgação/Shana Reis/ Governo do Estado do Rio de Janeiro)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2012 às 13h05.
Rio - Um ano após a tragédia que chocou o País, familiares das vítimas do Massacre de Realengo, na zona oeste do Rio, prestaram hoje uma homenagem às crianças mortas pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Aos pés do Cristo Redentor, pais, irmãos e outros parentes das crianças mortas participaram de uma oração em memória das vítimas e pela paz na cidade.
Emocionados, os familiares rezaram abraçados e ao fim da cerimônia jogaram pétalas de rosas do alto do Corcovado. "É uma homenagem simbólica. Me senti mais perto da minha filha de novo. Foi importante para dar um alívio e um conforto para a gente", disse Valdir dos Santos Nascimento, 47 anos, pai de Milena, de 14 anos, uma das 12 vítimas do massacre.
Na manhã do dia 7 de abril de 2011, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira e atirou contra os alunos. No total, dez meninas e dois meninos morreram na chacina e outras 12 ficaram feridas. O atirador se matou após ser baleado pelo Policial Militar Márcio Alexandre Alves, chamado por dos alunos que escaparam da escola.
O prefeito Eduardo Paes também esteve presente na cerimônia em homenagem às vítimas. "Vim representar os cariocas para manifestar solidariedade às famílias das vítimas de um dos momentos mais tristes da história do Rio. São famílias corajosas, valentes, que precisam de apoio."
Um ano depois da tragédia, a escola recebeu investimentos de R$ 9 milhões para reformas e se tornou uma unidade modelo na rede municipal. A segurança na escola também foi reforçada, com guardas municipais e controle de acesso. "A Tasso da Silveira é hoje a melhor escola do município, mas não vamos transformar as escolas do município em fortalezas intransponíveis", disse o prefeito.