Plenário da Câmara dos Deputados: Motta sentou na cadeira às 22h21 e começou a discursar 11 minutos depois. O clima de animosidade era intenso até que o parlamentar começou a discursar. (Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 23h03.
Última atualização em 6 de agosto de 2025 às 23h06.
Após um dia intenso de negociações e obstrução física da mesa diretora, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sentou na cadeira da Presidência no plenário para abrir os trabalhos no segundo semestre.
Cercado por parlamentares da oposição, e após uma dificuldade inicial de se sentar à cadeira da presidência, Motta discursou por pouco mais de 15 minutos aos parlamentares e pediu respeito ao Congresso. Em seguida, encerrou a sessão, que acabou com gritos de ordens da oposição e protestos de outros parlamentares presentes.
A mesa diretora da Câmara era ocupada desde a última segunda-feira, 4, por parlamentares de oposição que protestavam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“Não vai ser na agressão que vamos resolver. Eu peço para que todos deixem o espaço da Mesa, de forma educada. Durante todo o dia, dialogamos com todos os líderes dessa Casa e quero começar dizendo que a nossa presença hoje é para garantir a respeitabilidade inegociável desta mesa e para que esta Casa se fortaleça. Até para atravessar limites há limites. O que aconteceu aqui não foi bom. O que aconteceu, a obstrução, não fez bem a esta Casa”, disse
Motta sentou na cadeira às 22h21 e começou a discursar 11 minutos depois. O clima de animosidade era intenso até que o parlamentar começou a discursar.
“A oposição tem o todo o direito de se manifestar e expressar a sua vontade. Mas tudo isso tem que ser feito obedecendo ao regimento. Não vamos permitir que atos como esse possam ser maiores que o plenário”, disse.
O parlamentar também pediu serenidade aos deputados, mas não convocou nova sessão da Câmara.
“Entendo as razões que motivaram a todos que participaram dos movimentos realizados. Penso que o aconteceu aqui não foi bom. Temos que voltar a obedecer ao regimento”, disse.