Brasil

Centrão reage contra a indicação de líder do PSDB ao governo

Bloco se rebelou contra a nomeação de Antonio Imbassahy por considerar que a medida seria uma manobra do governo para ajudar o presidente da Câmara

Plenário da Câmara: Planalto informou que a questão da nomeação de Imbassahy será discutida por Temer na próxima semana (Wilson Dias/Agência Brasil)

Plenário da Câmara: Planalto informou que a questão da nomeação de Imbassahy será discutida por Temer na próxima semana (Wilson Dias/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 08h48.

Brasília - Partidos do chamado Centrão reagiram com ameaças de bloquear a reforma da Previdência no Congresso e levaram o presidente Michel Temer a adiar a nomeação do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para o cargo de ministro da Secretaria de Governo, segundo jornais desta sexta-feira, e o Palácio do Planalto disse que vai discutir a questão na próxima semana.

O Centrão, bloco formado por 13 partidos da base aliada --incluindo PTB, PSD e PP--, se rebelou contra a nomeação do deputado tucano por considerar que a medida seria uma manobra do governo para ajudar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ser reconduzido ao cargo na próxima eleição da Casa, de acordo com os jornal o Estado de S. Paulo desta sexta-feira.

Uma fonte disse à Reuters na quinta-feira que Imbassahy assumiria na próxima semana o comando da Secretaria de Governo no lugar do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que pediu demissão do posto no final de novembro em meio a denúncias de que pressionou o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para que favorecesse seus interesses pessoais ao liberar uma obra em Salvador.

No entanto, segundo reportagens no Estadão e também na Folha de S.Paulo, Temer decidiu adiar a confirmação da escolha do novo ministro devido à reação negativa do Centrão, que também reivindica o posto para um de seus membros.

Segundo a Folha, a estratégia do governo agora é aguardar o final de semana e ganhar tempo para convencer os demais partidos a aceitar a nomeação do tucano.

O Palácio do Planalto informou, por meio de um assessor, que a questão será discutida por Temer na próxima semana.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGovernoGoverno TemerPSDB

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso