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Centrão mirou em Maia e Bolsonaro ao atrapalhar reforma, dizem fontes

Adiamento da votação da Previdência na CCJ foi resposta para presidente da Câmara, por não cumprir acordos, e Bolsonaro, por criticar Legislativo

Montagem com o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (José Dias/PR/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Montagem com o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (José Dias/PR/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de abril de 2019 às 17h26.

Última atualização em 26 de abril de 2019 às 13h41.

Líderes dos partidos de centro quiseram dar o troco no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao trabalharem pelo adiamento da votação da reforma da Previdência nesta quarta-feira, afirmaram três dirigentes que participaram das articulações.

Parlamentares se disseram insatisfeitos com a pressão de Maia sobre os partidos para votarem o texto nesta semana. Também reclamam que o presidente da Câmara não estaria cumprindo acordos, feitos nos bastidores, para que o projeto fosse modificado antes da votação.

Estes desacertos, segundo as três fontes que pediram anonimato, levaram os partidos a ameaçar derrubar, durante a reunião da CCJ desta manhã, o parecer de Marcelo Freitas (PSL) sobre a reforma.

Além de atingir Maia, partidos do centrão quiseram também mostrar sua força, dentro da Câmara, ao presidente Jair Bolsonaro em função das constantes críticas à atuação do Legislativo.

Um desses parlamentares disse que Maia tem preterido acordos políticos para atender a pressão do mercado financeiro e que a manobra bem-sucedida de hoje atinge a imagem do presidente da Câmara.

“Mercado perdeu a confiança no Maia, disse Luiz Eduardo Portella, sócio e gestor da Novus Capital. “Existia uma expectativa que Maia estava articulando para a reforma começar a andar.”

Procurado, Rodrigo Maia disse que não comentaria informações de fontes não identificadas.

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