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Centrais sindicais consideram greve geral exitosa

Na avaliação do presidente da CUT, Vagner Freitas, a paralisação de hoje deve ser "a maior greve já realizada no país"

Greve geral: em comunicado divulgado no fim da tarde, a Força estima que 40 milhões de trabalhadores pararam nesta sexta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

Greve geral: em comunicado divulgado no fim da tarde, a Força estima que 40 milhões de trabalhadores pararam nesta sexta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de abril de 2017 às 17h56.

As duas maiores entidades sindicais do país - Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical - avaliam como exitosas as manifestações e paralisações de várias categorias de trabalhadores em todo o país em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social.

Em várias cidades do país, trabalhadores pararam atendendo à convocação de greve geral feita pelas centrais.

Em alguns casos, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre policiais e manifestantes.

Na avaliação do presidente da CUT, Vagner Freitas, a paralisação de hoje deve ser "a maior greve já realizada no país".

Freitas destacou a adesão aos protestos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e Brasília.

Para o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), os trabalhadores decidiriam se mobilizar porque há "propostas viáveis para que o país retome o seu crescimento econômico sem a perda de quaisquer direitos trabalhistas, previdenciários e sociais".

Em comunicado divulgado no fim da tarde, a Força estima que 40 milhões de trabalhadores pararam nesta sexta-feira.

Paulinho da Força, no entanto, reconheceu que a não adesão de categorias como aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (trabalhadores dos aeroportos) reduziu o impacto da paralisação.

Em São Paulo, tanto no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, quanto no terminal de Congonhas, na zona sul da capital, a operação durante o dia foi normal.

Mobilidade em São Paulo

Por causa da paralisação de serviços de transporte, várias empresas recorreram à contratação de táxis ou uso de frota própria para buscar seus empregados em casa.

A prefeitura de São Paulo liberou o rodízio de carros.

No começo da manhã, a cidade registrou congestionamento acima do normal, de cerca de 85 quilômetros, na região do centro expandido, área entre as marginais Tietê e Pinheiros e a região central.

Os trens do Metrô e da CPTM ainda operam de forma parcial. Por volta das 15h30, havia interdições na Avenida Paulista e também na Rua Libero Badaró, região central.

Metalúrgicos

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos, disse que a paralisação foi ampla. "As maiores empresas nem abriram.

Em outras, os trabalhadores saíam na medida em que o sindicato chegava. A paralisação no transporte também ajudou a esvaziar as fábricas.

Como o transporte fez greve, então, essas ausências também decorrem da greve geral."

Bancários

O Sindicato dos Bancários de São Paulo estima que 62 mil empregados de instituições financeiras da capital paulista, Osasco e região tenham aderido à greve, com o fechamento de 530 agências e 15 centros administrativos. Na avaliação da presidente da entidade, Juvandia Moreira, a greve não foi um ato isolado.

"O Brasil precisa de desenvolvimento econômico para gerar emprego e não a sua precarização."

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