Censo 2022: pessoas com 65 anos ou mais têm taxa de analfabetismo de 20% (Stephen Zeigler/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 17 de maio de 2024 às 12h49.
Apesar de o país ter tido uma queda na taxa de analfabetismo em todas as faixas etárias, pessoas com 65 anos ou mais ainda são as que menos sabem ler e escrever. De acordo com os dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o pior índice entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira.
A população mais alfabetizada no Brasil tem entre 15 e 19 anos de idade: apenas 1,5% deles não sabem ler e escrever. Em comparação ao Censo 2000, a taxa de analfabetismo nessa faixa etária caiu 3,5 pontos percentuais.
Apesar de ainda ser a mais alta, a taxa de analfabetismo entre a população com 65 anos ou mais caiu cerca de 38%, em 2000, para 20,3%, em 2022. O atual índice representa uma diferença de 8 pontos percentuais em relação aos brasileiros com idades entre 60 e 64 anos — segundo maior grupo entre os analfabetos.
Segundo o IBGE, a queda na taxa de analfabetismo em todas as faixas etárias reflete, principalmente, a expansão educacional e a transição demográfica no país.
O Censo considera alfabetizadas as pessoas que sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples ou uma lista de compras, no idioma que conhece, independentemente de estar ou não frequentando escola ou de ter concluído períodos letivos. Também é levado em consideração indivíduos que utilizam o Sistema Braille e que tinham habilidade para a leitura ou escrita, mas se tornaram fisicamente ou mentalmente incapacitados.