Favelas: Censo 2022 faz recorte da população nas comunidades (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 8 de novembro de 2024 às 11h55.
As favelas e comunidades urbanas de São Paulo somam cerca de 3,6 milhões de moradores, segundo o Censo 2022. Esse número representa um aumento de 915 mil pessoas em relação a 2010, quando o estado registrava 2,7 milhões de habitantes nesses territórios populares. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São Paulo é, de longe, o estado com maior número de favelas, totalizando 3.123 localidades mapeadas pelo Censo. Esse número é quase o dobro do registrado no Rio de Janeiro, que possui 1.724 favelas. Em terceiro lugar, está Pernambuco, com 849 comunidades. Juntos, esses três estados representam 46,1% do total de comunidades no Brasil.
A comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, é a terceira maior favela do Brasil, com 58.527 residentes. A Rocinha, no Rio de Janeiro, continua sendo a maior, com 72.021 moradores, seguida por Sol Nascente, em Brasília (DF), com 70.908 habitantes.
O número de favelas e comunidades urbanas no Brasil cresceu 95% nos últimos 12 anos. Segundo o Censo 2022, o país possui atualmente 12.348 territórios populares. Em 2010, eram 6.329 favelas, com 11,4 milhões de residentes, ou 6% da população do país na época. Hoje, 16,4 milhões de pessoas vivem nessas áreas, representando 8,1% da população brasileira.
Esse crescimento pode estar ligado ao aprimoramento da coleta de dados pelo IBGE nos últimos anos, o que ampliou a abrangência das áreas mapeadas.
Atualmente, as comunidades estão distribuídas em 656 municípios, uma expansão de 103% em comparação a 2010, quando apenas 323 cidades possuíam favelas mapeadas.
A região Sudeste concentra a maior quantidade de comunidades urbanas, com 6.060 favelas — representando 48,7% do total do país. Por outro lado, o Centro-Oeste é a região com menor incidência, possuindo 303 territórios populares (2,5% do total).